Artigos
Sancionada lei que amplia doenças rastreadas no teste do pezinho pelo SUS
A lei que amplia o número de doenças rastreadas no teste do pezinho foi sancionada nesta quarta-feira (26), pelo presidente Jair Bolsonaro, e entrará em vigor um ano após publicação no “Diário Oficial da União”. O prazo foi estipulado para a adaptação da rede de saúde pública.
O teste do pezinho faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) e é feito nos primeiros dias de vida do bebê, por meio da coleta de uma amostra de sangue do pé da criança, por isso o nome do exame.
O texto da lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados em março e pelo Senado, em abril. Iniciativa do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS), o projeto é inspirado na campanha do teste do pezinho, criada pelo Instituto Vidas Raras, com o apoio de entidades e embaixadores como a jornalista Larissa Carvalho, cujo filho Théo desenvolveu uma doença rara que poderia ter sido diagnosticada precocemente e as sequelas evitadas, caso ele tivesse feito o teste ampliado. A campanha reuniu mais de 600 mil assinaturas na petição que pedia a ampliação das doenças detectadas no exame.
Leia também: Documentário alerta para importância do teste do pezinho ampliado
O que prevê a lei que amplia doenças detectatadas no teste do pezinho
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza um teste que engloba seis doenças. Com a nova lei, agora sancionada, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças, que podem identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde. Os novos diagnósticos serão implementados de forma escalonada, em cinco etapas, em prazo a ser fixado pelo Ministério da Saúde.
“O governo vai ampliar de seis exames para 50. É um aumento muito expressivo e trará benefícios incontestes para as nossas crianças”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na cerimônia de sanção da lei. Segundo ele, o teste agora incluirá, por exemplo, o diagnóstico de anemia falciforme, fibrose cística e outras doenças raras.
Segundo o texto da lei, a lista de doenças a serem rastreadas pelo teste pode ser expandida por meio de revisões periódicas com base em evidências científicas e priorizando as doenças com maior prevalência no Brasil que tenham protocolo de tratamento aprovado e com tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A lei também determina que os profissionais de saúde informem a gestante e os acompanhantes da importância do teste do pezinho e sobre as eventuais diferenças existentes entre o exame oferecido no SUS e na rede privada durante os atendimentos de pré-natal e logo após o nascimento do bebê.
Leia também: “Se meu filho tivesse feito o teste do pezinho ampliado, hoje ele estaria andando”
[mc4wp_form id=”26137″]
Verônica Fraidenraich
Editora da Canguru News, cobre educação há mais de dez anos e tem interesse especial pelas áreas de educação infantil e desenvolvimento na primeira infância. Tem um filho, Martim, sua paixão e fonte diária de inspiração e aprendizados.
VER PERFILAviso de conteúdo
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita. O site não se responsabiliza pelas opiniões dos autores deste coletivo.
Veja Também
Se o seu filho engasgar, você saberia agir em segundos, de acordo com as novas orientações?
Protocolos internacionais foram atualizados pela primeira vez em décadas e já começaram a ser aplicados no Brasil. Especialistas explicam o...
5 passeios de Natal gratuitos para curtir com as crianças em São Paulo
Luzes, magia, Papai Noel, circo e até patinação no gelo, selecionamos programas deliciosos para entrar no clima natalino com a...
Gripe K e H3N2: o que os pais precisam saber sobre a “nova gripe” que acendeu alerta no mundo
Variante do Influenza já tem primeiro caso identificado no Brasil. Segundo especialistas, a vacinação continua sendo a principal proteção para...
Por que o refluxo atinge quase todas as gestantes (e o que realmente vale a pena fazer)?
Alterações hormonais e o crescimento do útero aumentam o risco de azia e regurgitação. Gastroenterologista ensina medidas simples — e...






