Em São Paulo, o governador do estado, João Doria, anunciou novas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus e negou a necessidade de providências consideradas mais drásticas, como a suspensão de atividades em repartições públicas e o fechamento de escolas. Eventos culturais, esportivos e religiosos serão mantidos na capital e em demais regiões do estado, disse ele durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (12).
Uma das principais medidas anunciadas no encontro é a reserva de mil novos leitos de UTI para o atendimento a casos do Covid-19, infecção respiratória causada pelo novo coronavírus. O governador ressaltou que não há razão para pânico. Também estavam presentes na coletiva o Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira, e o Coordenador do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, o médico infectologista David Uip.
Ontem, quarta-feira (11), o Ministério da Educação (MEC) também divulgou nota oficial em que, por enquanto, não recomenda a suspensão de aulas ou fechamento de escolas por conta do novo coronavírus. A orientação da pasta é para que as instituições de ensino reforcem as ações preventivas contra o coronavírus, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.
Secretarias de educação reforçam manutenção das aulas
Além da coletiva ocorrida nesta manhã, órgãos públicos de educação emitiram uma nota conjunta na tarde desta quinta-feira. No comunicado, a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (Seduc-SP), a União Municipal dos Dirigentes de Educação (Undime-SP), a Secretaria Municipal de Educação (SME-SP) e o Conselho Estadual de Educação (CEE-SP) reforçam a orientação para que todas as escolas das redes públicas dos Sistemas de Ensino do Estado e Município de São Paulo sigam as recomendações dos órgãos oficiais de saúde para a prevenção da transmissão do coronavírus.
Segundo a nota, qualquer eventual medida sobre suspensão de aulas será tomada sob a orientação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O CEE-SP ressalta que todas as unidades escolares continuam orientadas a cumprir os 200 dias de efetivo trabalho escolar, conforme previsto na legislação brasileira.
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Ministro da Saúde diz que fechar escolas pode prejudicar os avós
Em coletiva na noite de quarta-feira (11), o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que as conversas sobre a possibilidade do fechamento de escolas por causa do coronavírus podem prejudicar os avós. Segundo o ministro, a preocupação é que, se as escolas fecharem, as crianças representem risco para os familiares. “Quando isso acontece, as crianças geralmente são deixadas com os avós e quem queremos proteger desse vírus são justamente os mais idosos. Então, fechar as escolas colocaria um dilema. Talvez seja necessário em algum momento? Sim, mas quero lembrar sempre que os idosos e os doentes crônicos são objeto principal de proteção nessa crise”, explicou.
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Mandetta ressaltou ainda que, por ser um país muito grande, o que funciona em um estado para conter a transmissão do coronavírus pode não funcionar em outro local. “Não existe uma receita de bolo para todo o Brasil, teremos que avaliar região por região”, afirmou.
Número de casos confirmados
Em São Paulo, até esta quinta-feira (12), havia há 46 casos confirmados da doença: 44 na capital, um em Santana de Parnaíba e um em Ferraz de Vasconcelos (que são cidades da Grande São Paulo). No Brasil, balanço do Ministério da Saúde desta quinta-feira à tarde informou que há até agora 77 pessoas confirmadas com a infecção.
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