Podcast “Caçadores de Fake News” ensina crianças a identificarem notícias falsas

Série mostra o perigo das notícias falsas e traz orientações para combatê-las

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Podcast Caçadores de Fake News
Buscador de educadores parentais
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As notícias falsas, também conhecidas como “fake news”, se espalham pelo mundo de forma cada vez mais rápida, o que só aumenta a desinformação e pode gerar estragos imensos na sociedade. Segundo o Instituto de Tecnologia de Masachussetts (MIT), nos Estados Unidos, uma fake news tem 70% mais chance de ser compartilhada do que uma informação verdadeira. Daí a importância de conscientizar as crianças sobre esse assunto desde cedo. Com este intuito, o podcast “Caçadores de Fake News” traz conteúdos relevantes sobre notícias falsas que ajudam os pequenos a entender melhor o assunto.

O objetivo é preparar a criançada para reagir corretamente às notícias falsas, trazendo conhecimentos que podem ser trabalhados tanto em casa quanto nas escolas, com alunos do ensino fundamental e do ensino médio. “Não quisemos limitar a faixa etária, pois nunca sabemos quando a criança passará por uma situação assim. Elas precisam estar preparadas”, diz o jornalista Marcelo Duarte, autor do livro “Esquadrão Curioso: Caçadores de Fake News”, que inspirou o podcast. No programa, os educadores poderão encontrar sugestões pedagógicas, o perfil dos entrevistados, links importantes e até mesmo um glossário no site do programa, criado especialmente como suporte do podcast.

“Informações falsas podem até tirar vidas, então é crucial fomentar o pensamento crítico em jovens desde cedo, de modo a ajudar a formar cidadãos engajados e conscientes”, afirmou Adam Shub, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo – a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil apoiaram o projeto.

A importância de uma notícia bem apurada

Até agora, já foram lançados cinco episódios, de 20 minutos cada, que estão disponíveis gratuitamente nas principais plataformas de streaming, como Spotify, Deezer, Google Podcast e Apple Podcast, entre outros.

Na trama, que mistura ficção e realidade, quatro alunos recebem o desafio de criar um podcast sobre “fake news” para um trabalho escolar. Para tanto, eles entrevistam especialistas e divulgam dados, curiosidades e informações fundamentais não só para crianças mas adultos também.

“É urgente e necessário falar de educação midiática e, agora, mais do que nunca, precisamos que nossos jovens aprendam a importância de uma notícia bem apurada. Estamos vivendo um momento crítico, as pessoas precisam confiar e acreditar na imprensa profissional”, avalia Marcelo.


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Povo brasileiro é o que mais cai em “fake news”

A pesquisadora de histórias de tradução oral e uma das entrevistadas na série, Januária Cristina Alves, lembra que o povo brasileiro é o que mais cai em fake news. “Apenas em 2019, o Brasil teve cerca de 9 bilhões de cliques em notícias falsas”, destaca a pesquisadora. Gilmar Lopes, analista de sistemas e checador de fatos, que criou o site E-farsas e também participou do podcast, conta que em 2002 seu site publicava um fato desmentido por semana, e agora ele publica entre cinco e seis matérias desmentidas por dia.

Além de Januária e Gilmar, são convidados do podcast outros renomados jornalistas, educadores e formadores de opinião, entre os quais Patrícia Campos – premiada jornalista que foi vítima de campanhas de difamação na internet por causa de reportagens investigativas que publicou –, Esther Wojcicki, premiada educadora dos Estados Unidos, professora de jornalismo e fundadora do Centro de Mídias e Artes da Palo Alto High School, na California – e Rodrigo Ratier – jornalista, professor e pesquisador sobre “fake news” na Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo.

Assim, os convidados explicam como elas surgem, a velocidade com que se espalham, os perigos que causam e como combatê-las. Com muito humor, entretenimento e informação, a série contribui para a formação de jovens engajados e conscientes.


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