O hábito de ler é valioso. E, durante a infância, ele se prova ainda mais importante, pois promove o desenvolvimento da criança, auxiliando em seu aprendizado. Através da leitura, os pequenos podem exercer sua criatividade, desenvolver suas capacidades linguísticas e construir o seu senso crítico. Mas o que fazer quando as crianças apresentam dificuldade para ler?
Geralmente, é por volta dos cinco, seis anos de idade, que a criança começa a se familiarizar com letras e números. Pelos critérios do Ministério da Educação (MEC), ao fim do segundo ano do ensino fundamental, entre 7 e 8 anos de idade, o aluno deve estar alfabetizado e ser um leitor fluente. Nessa fase, ele não precisa ter o domínio de leitura igual ao de um adulto, mas tem de ser capaz de compreender textos simples.
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Caso haja alguma dificuldade na leitura, em um primeiro momento, é importante descartar problemas que podem estar afetando a leitura – como, por exemplo, dificuldade de enxergar ou dislexia, distúrbio que afeta habilidades básicas de leitura e escrita. Eliminadas essas condições, é importante observar se o problema está em reconhecer letras, sílabas, palavras ou o texto todo, afirma Adriana Pizzo, pedagoga e fonoaudióloga do Alicerce Educação, que oferece atendimento no contraturno escolar. Ela ressalta a necessidade de manter contato frequente com os professores sobre as atividades de leitura realizadas na escola, inclusive, para saber se o filho tem o desempenho esperado para a sua idade. Em casa os pais também podem ajudar o filho. A seguir algumas sugestões dadas pela especialista:
Dicas para ajudar as crianças na leitura
- Crie momentos divertidos de leitura, sugerindo que os pequenos leiam em voz alta ou em brincadeiras, como apresentações teatrais
- Apresente diferentes gêneros de leitura, para que a criança descubra por qual se interessa mais.
- Peça à criança que leia o texto duas vezes, circule palavras desconhecidas, as procure no dicionário e leia tudo de novo.
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Desde os primeiros anos de vida, os pais ou cuidadores podem seguir uma rotina de leitura com os bebês e as crianças: lendo ou contando histórias para eles e folheando os livros para ver as ilustrações, por exemplo.
Caso o problema não seja investigado, é possível que haja consequências na vida adulta. Segundo dados de 2018 do Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), medição criada pela ONG Ação Educativa e feita em parceria com o Ibope, 29% de jovens e adultos entre 15 e 64 anos no Brasil são analfabetos funcionais. Ou seja, têm dificuldade de compreender textos simples, não sendo capazes de decodificar frases e números por não terem desenvolvido a habilidade de interpretar textos ou fazer operações matemáticas.
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