Embora as informações disponíveis sobre o impacto do coronavírus sejam limitadas, os médicos afirmam que as mulheres grávidas não parecem ser mais suscetíveis às consequências do vírus do que a população em geral. Tampouco há evidências que sugiram que a covid-19 aumente o risco de aborto espontâneo ou perda precoce da gravidez. A expectativa é que a maioria das mulheres grávidas sofra apenas sintomas leves ou moderados do tipo gripe e resfriado, afirma documento do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, do Reino Unido.
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) orienta as gestantes a evitar aglomerações, contato com pessoas febris e contato com pessoas apresentando manifestações de infecção respiratória. O órgão também reforça a necessidade dos cuidados básicos de higiene, que incluem medidas como a lavagem das mãos e evitar contato das mãos com boca, nariz ou olhos.
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Segundo a Febrasgo, até agora não há informações sobre o potencial do novo coronavírus provocar algum tipo de malformações no feto. “Com o tempo, será possível assumir informações deste tipo com segurança”, diz a nota emitida pela federação. Sobre os partos, a Federação declara que ainda há poucas informações sobre o assunto e que, portanto, deve-se considerar o que for melhor para a mãe e para o feto.
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Em relação ao atendimento de gestante classificada como ‘caso suspeito’, a paciente deverá utilizar máscara de proteção e o profissional deverá utilizar máscara, luvas, óculos e avental. Esses casos deverão ser hospitalizados até a definição diagnóstica”, afirma nota da Febrasgo sobre o tema.
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Transmissão mãe-filho
Até o momento, não se comprovou a transmissão do vírus da mãe para o bebê durante a gravidez, disse o comunicado da entidade inglesa. A nota afirma ser provável, nas próximas semanas, que mulheres grávidas testem positivo para coronavírus. Na China, alguns bebês de mulheres com sintomas de coronavírus nasceram prematuramente. Não se sabe se o coronavírus causou esse problema ou se os médicos tomaram a decisão de o bebê nascer cedo porque a mulher estava doente.
Amamentação
Tampouco existem dados de que o vírus possa ser transportado no leite materno. Segundo a publicação do Reino Unido, os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do coronavírus pelo leite materno. Para mães em fase de amamentação infectadas pelo vírus, a orientação é que a prática seja mantida utilizando máscaras de proteção e higienização prévia das mãos.
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