Os números relacionados à pandemia de Covid-19, que é a doença causada pelo novo coronavírus, seguem aumentando. Já são 4579 infectados e 159 mortos no Brasil. E, recentemente, foram confirmados casos de coronavírus em bebês em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Bahia e Maranhão.
As pesquisas sobre a doença apontam que o vírus afeta menos bebês, crianças e jovens, tanto em relação ao número de pessoas infectadas quanto em relação à gravidade dos sintomas – mas, ainda assim, os casos mencionados acima acendem um alerta para os pais.
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Casos confirmados
Em Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do Sul, um bebê de três meses, do sexo masculino, teve a confirmação de infecção pelo coronavírus na última quinta-feira (26). Ele é filho de outro paciente que testou positivo para a Covid-19. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que a situação do bebê é estável.
Também no dia 26, foi divulgado boletim do Espírito Santo que confirmou que um bebê de sete meses tinha a Covid-19 no estado. Após avaliação médica, o quadro do bebê não foi considerado grave e ele foi mandado para casa.
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No domingo (29), mais dois casos. Foi divulgado que uma criança de dois anos de idade, de Salvador, na Bahia, está infectada pelo novo coronavírus. O estado dela é bom, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O outro caso foi confirmado no Maranhão: um boletim informou que uma menina de um ano, que vive em São Luís, também testou positivo para a Covid-19. Seu quadro é estável.
Outros casos de coronavírus em bebês pelo mundo
No último sábado (28), os Estados Unidos registraram a primeira morte de um bebê por coronavírus no país. Antes desse registro, uma única morte de criança com menos de um ano por coronavírus havia sido registrada na China.
O bebê americano morreu em Chicago, no estado de Illinois, tinha poucos meses e não tinha histórico de doenças. O Departamento de Saúde Pública do estado afirmou que a criança apresentou resultado positivo para o coronavírus. “Uma investigação completa será feita para determinar a causa da morte”, disse Ngozi Ezike, diretora do departamento. Ela também fez um apelo: que todos façam tudo que puderem para impedir a propagação do vírus. “Se não para nos proteger, para proteger aqueles ao nosso redor”, completou. Segundo a Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos tem 140 mil casos confirmados de Covid-19 e mais de 2400 mortes.
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No dia 16 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que houve mortes de crianças por Covid-19, sem dar maiores detalhes sobre idades ou condições de saúde dessas vítimas. A confirmação foi feita com a ressalva de que as crianças não fazem parte do perfil mais atingido pela doença, mas que ainda não há evidências claras sobre como o coronavírus se manifesta nos pequenos.
É importante não descuidar das crianças
Crianças não fazem parte de um grupo de risco – os principais grupos de risco são idosos e pessoas com doenças crônicas. Mas não é por isso que os pais devem se descuidar. Um estudo realizado no Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Shenzen, na China, já indicou que as crianças são tão vulneráveis a contrair a Covid-19 quanto os adultos. Mesmo que a tendência seja que os pequenos não desenvolvam sintomas graves e que a taxa de letalidade entre eles seja baixa (não chega a 1%), não é possível saber o que o vírus pode causar no organismo de cada um.
Diante do cenário atual, é importante reforçar: não descuidem das medidas de prevenção. Os pequenos não são imunes ao contágio – como pode ser visto nos casos confirmados de coronavírus em bebês – e eles podem contrair o vírus e continuar assintomáticos ou desenvolver um quadro que pode se agravar.
Os pais devem ficar com os filhos em casa e seguir as orientações: manter ambientes arejados e limpos, lavar as mãos com água e sabão com frequência, tossir e espirrar em lenços descartáveis, evitar beijos e abraços e manter uma distância segura de outras pessoas. O melhor é sempre prevenir. Caso os sintomas apareçam, a orientação do Ministério da Saúde é ficar em isolamento se o quadro for leve e ir para o hospital se houver febre persistente ou falta de ar.
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