Como anda a sua relação com os avós dos seus filhos? Hoje, o texto será sobre essa interação que para muitos é 8 ou 80.
Para escrever o texto, fiz uma pequena pesquisa nas minhas redes sociais e também conversei com alguns casais que sabia que tinham relações diferentes com os avós. Também cheguei a conversar com os próprios avós para saber suas opiniões e seus pontos de vista em relação aos cuidados com as crianças. No geral, posso afirmar que a pesquisa foi realizada com cerca de 60 pessoas entre mães, pais, avós e avôs.
A minha investigação tinha como objetivo analisar: avós ajudam ou atrapalham?
Pela pesquisa feita nas minhas redes sociais os resultados foram estes:
- Quase 70% das pessoas afirmam que os avós ajudam.
- Mais de 60% afirmam que os avós do lado materno são os que mais ajudam nas logísticas com as crianças (levar para escola, pegar da escola, dar almoço, etc).
- Quase 60% das pessoas afirmam que os avós do lado paterno são os que mais respeitam e compreendem as orientações dos pais em relação à criação dos filhos (como não dar doces, não deixar muito tempo em telas, etc).
- Quase 80% das avós comentaram que muitas vezes utilizam as mesmas formas de criação nos netos que utilizaram com seus filhos(as).
- Mais de 70% dos avôs comentaram que brincam mais com os netos do que brincavam com os filhos.
- As avós são disparadas as segundas cuidadoras oficiais das crianças, cerca de 95% dos entrevistados disseram isso, incluindo os avôs.
- Cerca de 60% dos avôs não sabem direito como brincar com as netas.
Esses são os dados coletados pela minha pequena pesquisa. Será que com esses dados conseguimos responder com segurança a pergunta do título da matéria?
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Acredito que não, pois como já havia comentado em outras matérias, cada família desenvolve dinâmicas diferentes de criação e nenhuma dessas dinâmicas é 100% igual à outra. Isso inclui a relação dessas dinâmicas com os avós, ou seja, não temos uma resposta concreta para a pergunta.
Porém, com os dados posso afirmar algumas coisinhas…
- A economia do cuidado é geracional, ou seja, direcionamos essa economia às mulheres por várias gerações.
- A sororidade entre as mulheres também é geracional, ou seja, existem mais conexões, depois que a criança nasce, entre mães e filhas, sogras e noras, do que pais e filhos, sogros e genros (conexões direcionadas aos cuidados com as crianças).
- Os cuidados com as crianças não são mutáveis, ou seja, quando tivermos netos, assim como nossos pais, tentaremos meter o bedelho na criação dos nossos netos.
- A época que vivemos é fantástica, pois cria uma oportunidade aos homens mais velhos de resgatarem vivências com os netos que não conseguiram viver com seus filhos.
Minha conclusão sobre este assunto é que os avós não ajudam e nem atrapalham, mas contribuem voluntária ou involuntariamente para o desenvolvimento emocional da criança.
Obs: Notem que eu não mencionei qual é a criança ‒ isso vale também para a criança interior que mora no coração de cada adulto.
*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.