A troca de figurinhas e as lições de educação financeira

O economista Carlos Eduardo Costa fala sobre os aprendizados que a coleção de figurinhas pode proporcionar às crianças

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Figurinhas do álbum da Copa do Mundo
Foto: Fanpage Álbum da Copa do Mundo 2022 da Panini /Facebook
Buscador de educadores parentais
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Na minha infância não me lembro de ter colecionado álbum de figurinhas. Somente na adolescência tive a primeira experiência de completar um álbum de figurinhas. E foi para presentear alguém. Tinha um amor platônico no colégio. Passaram-se muitos anos e a Duda, minha filha, disse que queria comprar umas figurinhas. Era de um desenho que ela adorava: Meu AmigãoZão.

Começamos comprando o álbum e alguns pacotes de figurinhas. E toda vez que saiamos, ela queria comprar mais pacotes. Percebi então que através dessa coleção, poderia trabalhar com ela alguns pontos importantes relacionados à educação financeira. Definimos então quando iríamos comprar as figurinhas e qual a quantidade de pacotinhos. Passado algum tempo, o volume de figurinhas repetidas aumentava. O que fazer com elas? Passamos a buscar uma forma de trocar com outras pessoas que também estivessem fazendo a coleção.

Descobrimos uma banca perto de nossa casa que fazia trocas. Tinha um clube de trocas. E o melhor, muitas pessoas aproveitavam e faziam trocas entre si. Conseguimos garantir várias figurinhas dessa maneira. Mas faltavam algumas para completar o álbum. Então, fizemos o pedido das faltantes diretamente na editora.

Depois vieram outros álbuns. Muitos deles de eventos esportivos. Completamos os álbuns da Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo no Brasil em 2014, Olímpiadas do Rio 2016 e Copa do Mundo da Rússia em 2018.

Agora fomos atingidos pela febre do álbum da Copa do Mundo deste ano. A Duda comprou o álbum e os primeiros pacotinhos em frente da sua escola. Continuamos com a mesma estratégia. Definimos o número de pacotinhos a ser comprado a cada semana, levando em conta uma notícia bem amarga. O preço do pacotinho aumentou bastante.

Todos da família participam da abertura deles. Agora também existem as figurinhas legendárias, que são para colecionar. O João Pedro tirou uma e não quis abrir mão dela de forma alguma. Outra novidade é o aplicativo para controle das figurinhas que temos e das repetidas. Antes tudo era feito no papel. A Duda ficou responsável por fazer as trocas. Primeiro com seus colegas da escola. Depois fomos no feriado e nos finais de semana no clubinho da troca, que tínhamos descoberto anos antes.

Cerca de 1/3 das figurinhas do nosso álbum foram obtidas nas trocas. E tivemos também a oportunidade de ajudar várias pessoas na batalha de completar o seu álbum. Com essas estratégias, conseguimos gastar bem menos que os especialistas diziam que seria
necessário para completar o álbum. E você, está fazendo o álbum e tem alguma figurinha para trocar?

*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.

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