Soul, vencedor do Oscar de melhor animação, provoca boas reflexões em adultos e crianças

Do mesmo diretor de "Divertida-mente", Pete Docter, filme aborda a temática da morte

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Melhor animação no Oscar 2021, 'Soul' nos faz refletir sobre a vida; reprodução de cena da animação Soul
Por engano, o professor Joe vai parar em um lugar em que almas não nascidas se preparam para a vida
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Qual o motivo de nossa existência na Terra? Por que viemos parar neste mundo? O que vem depois da vida? São perguntas como essas que o filme “Soul” levanta. Recém premiado com o Oscar de melhor animação, o longa convida crianças e adultos a refletirem sobre nosso propósito na vida. Dirigido por Pete Docter – roteirista e diretor de outras animações de sucesso como “Up: uma aventura nas alturas”, “Toy Story”, “Toy Story 2” e “Divertida-mente” – o filme conta a história de Joe, um humilde professor de música do ensino médio, que vivem em Nova Iorque e é apaixonado por jazz, mas cuja vida não ocorre como ele esperava.

Depois de se apresentar em um show promissor, Joe, dublado pelo ator Jamie Foxx (premiado como melhor ator no musical “Ray”, que conta a vida do músico Ray Charles), sofre uma grave queda e se vê preso entre a Terra e o além. Por engano, o professor vai parar no “Grande Antes”, um lugar em que almas não nascidas se preparam para a vida e recebem traços de personalidade antes mesmo do corpo humano ganhar forma. É lá que as almas têm de “encontrar a sua missão” para poder viver uma vida na Terra.

Joe se torna mentor de uma dessas almas, a “22”, que até então não achou a sua missão. Após muitas confusões, Joe e 22 voltam à Terra e passam por transformações que os levam a refletir sobre a vida, o seu significado e suas missões. Entre outras coisas, eles mostram que o propósito de vida não precisa ser algo grandioso – fatos simples e corriqueiros, como as pequenas alegrias do dia podem nos trazer a felicidade, tornando-se a razão da nossa existência.

Filme”Soul” estimula a falar sobre conceitos e valores com os filhos

Fernanda Mappa, psiquiatra da infância e da adolescência, de Vitória (ES), diz que apesar de não ser tratar de um filme de temática religiosa, ele pode ser assistido e entendido de acordo com os dogmas da família. “A proposta central traz uma reflexão sobre viver. Faz um paralelo entre pessoas que simplesmente ‘vivem por viver’ e aquelas que vivem em busca de seus sonhos, que entendem que as coisas podem acontecer diferente do que foi planejado, sem que isso signifique fracasso e sim uma necessidade de ‘reinvenção’, ou como sempre digo uma necessidade de “recalcular rotas” na sua vida”, afirma.

Nas entrelinhas, Fernanda avalia ser possível absorver uma mensagem interessante para quem não encontra sentido na vida, se sente de alguma forma vazio ou se esquiva de viver plenamente por medo de fracassar. “O filme margeia o universo psique sem entrar diretamente nele. Sintomas depressivos e ansiosos são abordados com muita sutileza. Mais uma animação excelente para assistir com as crianças. Ao longo do filme, é possível explorar quais conceitos e valores seu filho vem internalizando em sua vida”, sugere a psiquiatra.

O filme “Soul” estreou no Brasil em dezembro, direto na plataforma de streaming Disney +. Assista abaixo ao trailer da animação.


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