1. A crítica exagerada
Vamos falar sobre as críticas, já que essa é uma característica tão comum e nociva de muitos pais. Elas são destrutivas para quem faz e, também, as recebe. Então, por que tantos insistem em continuar com esse comportamento? Talvez por inconsciência, por costume, por vício emocional? Se você sente que se encaixa aqui, quero propor um exercício eficiente para ajudá-lo a se tornar consciente desse vício destrutivo. Comece a anotar em um caderno todas as vezes que você se criticar em pensamento e pensar em julgar algo ou alguém. No final do dia, olhe para o seu caderninho e veja a quantidade de energia que foi desperdiçada com essa atitude que não o ajudará a chegar a lugar nenhum, a não ser machucar e ferir quem você ama. A partir daí, sempre que estiver pronto para criticar a si ou os filhos, pare e reflita antes. O que me leva a achar que não posso errar? O que me leva a cobrar tanta perfeição e a fazer o mesmo com minhas crianças? Como é viver com um “chicote” pronto para ferir aqueles que amo? Com quem aprendi a fazer isso? Por que preciso diminuir o outro por meio de críticas para me sentir melhor? Quando for capaz de reconhecer esse traço em sua personalidade, você estará pronto para trilhar o caminho da aceitação, da mudança e se libertar.
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2. A reclamação constante
Outro ponto de alerta e que pede mudanças urgentes são as reclamações. Você tem esse hábito? Costuma reclamar porque está frio, do calor, do marido, dos filhos, de tudo? Então, pare um minuto e se pergunte: “quem na minha família fazia isso quando eu era pequeno, meu pai ou minha mãe? Por que sigo repetindo um padrão que nunca me trouxe bons resultados?”.
Trazer essa atitude para a consciência muda tudo. Em seguida, comece a treinar a nova habilidade que deseja adquirir. Quando sentir que está sendo impulsionado a reclamar, tente dar sugestões positivas ou fazer perguntas de reflexão para a pessoa com quem está interagindo. Por exemplo, se o seu filho derrubou água na cozinha e você está pronto para reclamar, escolha fazer uma pergunta a ele: “Filho, o que você pode fazer para limpar a cozinha?”, “O que você pode fazer para evitar que isso aconteça novamente?”, “Que tal pegar o pano e enxugar toda essa água?”. Ajudar a outra pessoa na busca de soluções, evitando apontar culpados, é uma excelente opção.
Quando paramos de buscar culpados e focamos em encontrar uma solução para resolver a situação, nos aproximamos uns dos outros. Passamos a despertar o senso de capacidade e ganhamos a colaboração imediatamente. Ao contrário, ao reclamar o tempo todo e buscamos culpados, vamos acabar gerando sentimentos de raiva, de incapacidade e baixa autoestima nos nossos filhos ou com qualquer pessoa que nos relacionarmos nesse modelo.
3. O papel de vítima
Outro aspecto comum de comportamento e que nos impede de mudar é o hábito de se vitimizar. Pessoas que se sentem vítimas da vida não percebem sua responsabilidade pelos próprios resultados. Quanto mais você se coloca na postura de “coitado”, mais se paralisa e se afasta dos demais. Essa atitude diminui as possibilidades de bons relacionamentos e o ambiente fica tomado de sentimentos negativos e de distanciamento de soluções.
Como ensinar seu filho a ter responsabilidade pelas próprias escolhas e resultados se você ainda não aprendeu a se responsabilizar pela sua vida? O casamento está ruim? Então, faça algo para mudar essa realidade. A vida financeira virou um caos? Dedique mais tempo para construir uma estratégia e ganhar dinheiro de outra forma. Seu filho não escuta uma palavra do que você diz? Estude mais sobre comportamento humano e aprenda uma nova forma de se comunicar que seja mais efetiva.
Ninguém poderá nos salvar e mudar nossos rumos, somente nós mesmos somos capazes de alterar o que não está bom. Portanto, assuma a sua responsabilidade pelos seus resultados e comece a agir para chegar aonde deseja como pai ou mãe agora mesmo.
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