Para manter o calendário de vacinação da população em dia, pudemos observar, nas últimas semanas, diversas iniciativas das sociedades médicas pediátricas e não pediátricas que tinham como foco evitar o reaparecimento de doenças preveníveis. Uma das ações foi lançada no dia 13 de junho: a campanha “Vacinação em dia, mesmo na pandemia”, com o objetivo de conscientizar especialistas e o público em geral sobre a importância de não postergar a vacinação por causa do novo coronavírus.
E quando pensamos em vacina, não devemos pensar apenas nos bebês e crianças pequenas. Adultos e idosos também têm calendários específicos de vacinação que devem ser seguidos: e a ida a uma Unidade Básica de Saúde ou a clínica de vacinas se faz ainda mais necessária quando os documentos que comprovam doses foram perdidos e não é possível saber a situação vacinal do indivíduo.
Não menos importante é a vacinação dos adolescentes. E é para essa faixa etária que chamo atenção hoje: uma das vacinas que pertence a esse grupo é a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano), que, apesar de ser uma vacina eficaz e com comprovação de proteger contra diversos tipos de câncer, tem sua taxa de cobertura vacinal abaixo da recomendada em diversos países.
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Vacina que protege contra o câncer? Explico: esse vírus, o HPV, é o causador da verruga genital e está envolvido na patogênese de praticamente todos os casos de câncer de colo de útero – um dos cânceres mais comuns e que mais mata mulheres –, além de câncer no pênis, no ânus e na orofaringe. Por isso, ao realizar a vacinação, a infecção é prevenida e, por consequência, o câncer também.
Existem mais de 100 tipos de HPV de transmissão pela via sexual e a vacina disponível pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde é a quadrivalente, oferecendo imunidade contra os subtipos 6,11,16,18 – esses dois últimos considerados de alto risco para o câncer.
Quem deve tomar a vacina contra o HPV? Pelo SUS, adolescentes do sexo feminino, de 9 a 13 anos, e do sexo masculino, entre 11 e 14 anos. Na rede particular, a faixa etária é ampliada, podendo ser vacinadas mulheres de até 45 anos e homens de até 26 anos.
Pessoas que fazem tratamento ou já tiveram infecção pelo HPV também devem ser vacinadas e, no sistema público, a vacina está disponível também para pessoas de 9 a 26 anos com HIV/AIDS, em transplantados e pessoas em tratamento oncológico.
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Quando procuramos as causas para a baixa taxa de vacinação, a principal delas é a falta de informação sobre a vacina. Por isso a importância da realização de campanhas informativas e educação da população para os benefícios da imunização. Inserida no calendário vacinal em 2014, é uma vacina relativamente nova e espaços como esse também contribuem para a sua divulgação.
Atenção, então, para a lição de casa na pandemia: atualizar a carteirinha de vacinas da família inteira. Os postos de saúde estão aptos a realizar a aplicação das doses necessárias em todas as faixas etárias, seguindo os novos protocolos de proteção contra o coronavírus. A meta é a mesma do título da campanha: Vacinação em dia, mesmo na pandemia.
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