Mobilização digital alerta para violência sexual contra crianças na pandemia

Projeto Crescer Sem Violência, parceria da Childhood Brasil, Unicef Brasil e Canal Futura alerta para os riscos de abuso contra crianças durante a pandemia

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Ações digitais alerta para violência contra crianças e adolescentes; cena de animação série
Animação "Que corpo é esse", que chama a atenção para os abusos contra crianças | Foto: Divulgação
Buscador de educadores parentais
Buscador de educadores parentais
Buscador de educadores parentais

A violência sexual contra crianças e adolescentes aumentou durante a pandemia. Questões emocionais, desemprego e crise financeira, entre outras dificuldades surgidas neste período de isolamento e fechamento das escolas, estão correlacionadas ao crescimento de abusos contra crianças e adolescentes.

Para chamar a atenção para o assunto, nesta terça-feira (18) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Na data, estão previstas uma série de ações de mobilização digital como parte do projeto Crescer Sem Violência, parceria da Childhood Brasil, UNICEF Brasil e Canal Futura, que tem como objetivo trazer maior visibilidade para este tema. Também serão divulgados dados da pesquisa diagnóstica “Violências sexuais contra crianças e adolescentes em tempos de pandemia por Covid-19”.

Escolas fechadas prejudicaram denúncias

Fruto de uma cooperação entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o estudo que analisou os abusos contra crianças na pandemia foi realizado junto aos conselhos tutelares das cinco regiões do país – esses órgãos buscam garantir o cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

Segunda a pesquisa, o fechamento das escolas favoreceu ainda mais a prática de abusos contra crianças, ao não poder contar com a ajuda de professores e outros adultos da comunidade escolar na identificação de suspeitas de violência. Em metade dos conselhos pesquisados, a severidade dos casos denunciados aumentou, aponta a pesquisa.

Campanha nas redes

Com a hashtag #EmCasaSemViolência, a iniciativa irá ocupar as redes das instituições parceiras, compartilhando informações voltadas para conselhos tutelares, profissionais de educação, crianças e adolescentes e o público em geral. Além disso, será divulgado o gibi “ECA 30 anos”, produzido pelo projeto em 2020 para celebrar o aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente. A história em quadrinhos tem versão em português e em espanhol, mostrando de forma lúdica a rede de proteção à infância e à adolescência.


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Conteúdos educativos no Canal Futura

A campanha do projeto também estará nas telas do Futura. Ao longo do mês de maio, serão exibidos episódios das séries audiovisuais que compõem o projeto Crescer sem Violência: “Que exploração é essa?” (2010), “Que abuso é esse?” (2015) e primeira temporada de “Que corpo é esse?” (2018) – este ano foi lançada a segunda temporada, que retrata a prevenção de violências online, com temas como saúde emocional, aliciamento online, autoproteção e reputação digital.

Assista aqui à série “Que corpo é esse?”


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No dia 18 de maio (terça-feira), a grade do Futura terá programação especial sobre o tema. Confira a programação:

20h – a edição do “Conexão” debate o tema do “home schooling” e seu impacto nos direitos de crianças e jovens;

21h – o programa “Debate” aborda a situação do sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia;

23h30 – exibição do documentário “Um crime entre nós”, produção do Instituto Liberta e Maria Farinha Filmes. O longa mostra a luta de famosos, como Luciano Huck e Dráuzio Varella, e de anônimos que atuam diariamente para tirar meninas e meninos do ciclo de exploração sexual.


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