Vídeo com prática do ‘breast crawl’, em que bebê busca peito da mãe, viraliza na web

1645
Buscador de educadores parentais
Buscador de educadores parentais
Buscador de educadores parentais

 

Da redação

Um vídeo de um bebê recém nascido que se movimenta sobre a mãe deitada em uma cama viralizou nas redes sociais, atingindo 12 mil visualizações e mais de 100.000 compartilhamentos. As imagens foram postadas em uma página da Nigéria no Facebook, chamada Pregnant Women Are Beautiful, que fala sobre gravidez e saúde, e mostram uma prática conhecida em inglês como breast crawl, reflexo de engatinhar até o seio da mãe, o que ajuda o bebê a se mover e facilita sua sobrevivência no novo mundo.

“É o contato imediato do bebê recém-nascido com a mãe, em que ele é colocado de barriga sobre a barriga dela e após alguns instantes inicia espontaneamente a busca pelo seio da mãe”, explica Marianna Muradas, educadora do Feldenkrais, método de educação somática que visa a manutenção e a recuperação da saúde, em São Paulo.

A educadora recorda que esse primeiro contato entre a mãe e seu filho é de extrema importância para o imprinting psicológico, neuromotor e endócrino. “Imprinting é o momento onde acontece o reconhecimento do bebê com a mãe, permitindo que uma espécie de carimbo psicológico e emocional aconteça, fortalecendo o vínculo entre eles”, diz Mariana que também é doula de parto. O movimento é comum em países da Europa, Estados Unidos, Canadá e India. No Brasil, contudo, segundo Mariana, a pausa para que esse reflexo seja ativado muitas vezes não é respeitada e permitida por conta de protocolos de alguns hospitais e desconhecimento da equipe médica da importância desse momento para a mãe e o bebê.

Para o obstetra paulistano Jorge Kuhn, a prática é interessante. “Mas só será possível caso a mãe recém-parida adote a posição de barriga para cima, já que nas posições verticais como de cócoras, por exemplo, seria difícil o bebê recém-nascido ‘escalar’ a mãe”, ressalta Kuhn.

A amamentação nas primeiras horas de vida é uma das recomendações de boas práticas para o parto pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Benefícios para a mãe

Esse contato entre mãe e filho auxilia na contração do útero e expulsão da placenta, diminuindo o risco de uma hemorragia pós-parto, explica Mariana. Também facilita a produção de ocitocina, que será liberada na corrente sanguínea da mãe quando a sucção se iniciar e consequentemente produzirá a prolactina, hormônio responsável pela produção do leite materno. “A ocitocina é também conhecida como o hormônio do amor e se produzida em altas doses, tanto no cérebro da mãe quanto no do bebê, faz com que o reconhecimento e a ligação entre eles seja muito eficaz e potente”, completa a educadora.

 

 

Facebook-01.png (83 KB) Instagram-01.png (104 KB)

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, deixe seu comentário
Seu nome aqui