Diante de comentários de autoridades sobre possíveis riscos decorrentes da imunização de crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma nota de repúdio a posicionamentos contrários à vacinação infantil, em que reforça a importância de imunizar crianças no país. Abaixo, veja aspectos destacados pela SBP na nota.
1) A população não deve temer a vacina, mas, sim, a doença que ela busca prevenir, bem como suas complicações, como a covid longa e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica, manifestações que consolidam a necessidade da imunização do público infantil.
2) O acesso das crianças à vacina contra a covid-19 é um direito que deve ser assegurado, o qual conta com o apoio da maioria dos brasileiros, conforme expresso em consulta pública realizada sobre o tema pelo Ministério da Saúde.
3) A vacinação desse público é estratégia importante para reduzir o número de mortes por conta da covid-19 nessa faixa etária, no Brasil, cujos indicadores são mais expressivos do que em outras nações.
4) Até o momento, os estudos realizados apontam a eficácia e a segurança da vacina aplicada na população pediátrica, a qual é fundamental no esforço para reduzir as formas graves da covid-19.
5) A vacina previne a morte, a dor, sofrimento, emergências e internação em todas as faixas etárias. Negar este benefício às crianças sem evidências científicas sólidas, bem como desestimular a adesão dos pais e dos responsáveis à imunização dos seus filhos, é um ato lamentável e irresponsável, que, infelizmente, pode custar vidas.
No último dia de 2021, a SBP e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) já haviam divulgado um posicionamento conjunto sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos portadoras de cardiopatias contra a covid-19 com a vacina Comirnaty (Pfizer/BioNTech).
Para as entidades, os benefícios da vacinação nesta faixa etária superam os eventuais riscos associados e reforçam apoio à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em autorizar a vacinação deste público.
Leia aqui a íntegra do documento.
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