Escolas públicas e privadas de São Paulo devem retomar aulas em julho

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Três crianças, duas meninas e um menino, estão de costas, andando, com mochila nas costas. Governo de São Paulo anunciou o retorno às aulas nas escolas públicas a partir de julho. Medidas também devem valer para instituições particulares.
Governo de São Paulo anunciou o retorno às aulas nas escolas públicas a partir de julho. Medidas também devem valer para instituições particulares.
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O retorno às aulas nas escolas públicas do estado e municípios de São Paulo deve ocorrer a partir de julho, de forma gradual e em sistema de rodízio, segundo anunciou hoje o governo do Estado de São Paulo. A reabertura irá depender do afrouxamento das medidas de isolamento social em cada município, e será orientada pelo Centro de Contingência da Covid-19 e pelo comitê de saúde, que atuarão de forma integrada à Secretaria de Estado da Educação.

Retorno às aulas começa na educação infantil

A ideia é começar pelas escolas de educação infantil, priorizando crianças cujas mães trabalham fora. “A educação infantil, que tem atendimento de creche, será priorizada pensando especialmente nas mães que trabalham fora e nas demais configurações de famílias que necessitam de cuidados integrais aos filhos, para que retornem ao trabalho”, disse o secretário estadual de educação Rossieli Soares. A pasta informou que a retomada será feita de maneira controlada e planejada, zelando pela saúde e segurança da comunidade escolar e da sociedade.

Para a pedagoga Iolene Lima, ex-secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), o retorno escalonado deverá ser feito mediante regras e condições de segurança sanitária, para que o vírus não retorne numa segunda onda, como vários cientistas apontam. “As escolas estão organizando atividades remotas para esse período, mas já temos que iniciar o planejamento para o retorno, sendo necessário observar aspectos como o acolhimento, o diagnóstico que indique os conteúdos trabalhados e a serem revistos, a avaliação das habilidades e competências conquistadas, e o planejamento para dar prosseguimento ao ano letivo”, diz Iolene.

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Ensino médio e fundamental prevêem avaliar alunos quanto a eventuais prejuízos no aprendizado

No caso do ensino fundamental e do ensino médio, planeja-se fazer um sistema de rodízio: enquanto uns alunos vão para a escola, outros seguem em casa assistindo aulas a distância por televisão e aplicativo, metodologia que começar a ser aplicada nesta segunda-feira, dia 27 e valerá como dia letivo. Os critérios para decidir quem fica em casa e quem vai para a escola não foram divulgados. Segundo a secretaria estadual de educação, nos dias 23 e 28 de abril, estão previstas novas reuniões com instituições públicas e privadas para definição dos próximos passos e protocolos do retorno às aulas, que devem ser divulgados no dia 8 de maio.

Na primeira semana da retomada, os alunos serão avaliados sobre eventuais prejuízos de aprendizado durante o período de suspensão das atividades presenciais. Na segunda semana, ainda de forma escalonada, as equipes darão prioridade ao acolhimento dos alunos.

As primeiras semanas serão utilizadas também para que professores planejem estratégias de reforço e recuperação. O planejamento será baseado nos resultados das avaliações realizadas durante a primeira semana do retorno às aulas.

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Escolas particulares devem seguir mesmas orientações

A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), que representam as escolas privadas em São Paulo, estão envolvidos na definição dos protocolos de proteção a crianças e adolescentes quando da retomada das aulas.

A secretaria de educação informou que as escolas particulares devem seguir as mesmas orientações “de retorno gradual, com foco em diagnóstico e estratégia de acolhimento, reforço e recuperação”.

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