Prêmio destaca boas práticas de educação infantil na pandemia

Com uso do WhatsApp, brinquedos, panelas e sucatas, as iniciativas retrataram inclusão, vínculos parentais, interações, direito das crianças e meio ambiente

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Professores da Educação Infantil recebem prêmio por boas práticas online; Criança pintando papel com os dedos
Professores da Educação Infantil recebem prêmio por boas práticas online; O prêmio destacou profissionais que demonstraram formas criativas de abordar a educação infantil
Buscador de educadores parentais
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Buscador de educadores parentais

A educação infantil foi a que mais teve dificuldades de adaptação para o ensino virtual durante a pandemia da covid-19. Afinal, se para crianças maiores é difícil manter a concentração em atividades pedagógicas em frente a um computador, para os pequenos de até 5 anos o desafio é ainda maior. Mas há muitos professores que “se viram nos 30” e conseguem promover práticas exitosas, criando um vínculo com os alunos, ainda que a distância. Reconhecer essas boas iniciativas de docentes do país inteiro é a proposta do Prêmio Educação Infantil: Boas Práticas de Professores Durante a Pandemia, que revelou nesta quarta-feira (31), de forma online, os 100 vencedores.

Nosso objetivo foi trazer luz a iniciativas inspiradoras e que fizeram a diferença para as crianças e as famílias nessa pandemia. É importante que a sociedade saiba o significado e a relevância da Educação Infantil por meio das histórias e práticas dos professores, crianças e famílias”, justifica Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que promoveu o prêmio junto com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e o Itaú Social.

Além de valorizar os profissionais da educação, a iniciativa busca incentivar educadores, mães, pais e cuidadores a continuarem organizando e assumindo a difícil tarefa de coordenar a aprendizagem dos pequenos por meio do ensino a distância.

No total, mais de 700 práticas de todo Brasil foram inscritas. As regiões Sul e Sudeste foram as com maior número de inscrição e concentraram boa parte das premiações, sendo 51% e 30%, respectivamente. O Estado de São Paulo teve o maior número de vencedores, 34, seguido por Santa Catarina (13), Rio Grande do Sul (12) e Minas Gerais (11). Rio de Janeiro (06), Paraná (5), Amazonas (04), Ceará (03), Pernambuco (03), Paraíba (02), Goiás (02), Piauí (01), Distrito Federal (01), Rio Grande do Norte (01), Tocantins (01) e Rondônia (01) completam a lista de vencedores.


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Destaques da premiação

Entre os ganhadores, está Márcia Mendonça, de Jundiaí (SP), que utilizou músicas e objetos simples do dia a dia para apresentar conceitos como parentalidade, desenvolvimento dos bebês e direitos das crianças. “Foi necessário entender que muitos pais tentam fazer o seu melhor. A correria do cotidiano, o estresse e a preocupação financeira, os impede, muitas vezes, de enxergar como a participação deles na educação escolar dos seus filhos é importante. Mostrei que, com alguns minutos, eles poderiam fazer a diferença na vida dos seus filhos. Isso proporcionou uma melhora na autoestima e com certeza colaborou muito no desenvolvimento das crianças”, afirma a educadora.

Drielly Santos, de Ariquemes (RO), foi outra premiada. A professora utilizou a história dos três porquinhos para explicar a pandemia para as crianças. No conto, o lobo mau era o coronavírus e ele não conseguia derrubar a casa dos porquinhos. “Mandei a história para as crianças e pedi que elas gravassem vídeos mostrando suas casas e vivências. A partir disso, elas puderam ter uma convivência virtual e perceber que a realidade de cada um é diferente da do outro”, explica Drielly. Segundo a professora, durante esse processo, as famílias tiveram o conhecimento de um aluno venezuelano que passava por dificuldades e se mobilizaram para ajudá-lo.


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Outra prática que merece destaque é a de Cecilia Rodrigues, de Taguatinga (DF). Com um projeto voltado para educação de crianças com necessidades especiais, a pedagoga, junto com uma colega de Educação Física, montou os planejamentos individuais para cada aluno de acordo com suas necessidades especiais. “Neste tempo da pandemia nossas atividades voltaram-se para atender as crianças de modo remoto. Isso foi um grande desafio pois cada aluno tem um diagnóstico e características diferentes. As atividades que desenvolvemos eram simples, lúdicas, adaptadas com os materiais que a família tinha em casa e estimuladoras de experiências e vivências”, conta.

“Isso mostra a importância da escola, da formação e dos professores, que, mesmo neste período terrível pelo qual passamos, encontram caminhos para promover o desenvolvimento das crianças”, defende Beatriz Abuchaim, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Além do valor monetário, cada premiado receberá um curso de 40 horas online com atividades síncronas e assíncronas sobre a Base Nacional Comum Curricular e a Educação Infantil. O curso será promovido pelo Instituto Singularidades e pela ponteAponte, parceiros da iniciativa.


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