Nos Estados Unidos, mais de 97 mil crianças e adolescentes foram infectados pelo novo coronavírus no período das duas últimas semanas do mês de julho. O dado vem de um relatório da Academia Americana de Pediatria e da Children’s Hospital Association. O número representa mais de um quarto do total de crianças contaminadas desde que a pandemia do novo coronavírus chegou aos Estados Unidos.
O estudo analisou informações do dia 16 ao dia 30 de julho, levando em consideração dados de 49 estados norte-americanos, da cidade de Nova York e de Washington (capital), além de dois territórios que têm cidadãos considerados norte-americanos, Porto Rico e Guam. A faixa etária analisada variou de acordo com o estado. A maioria deles considera “crianças” a faixa que vai de zero a 17 ou de zero a 19 anos. Dois estados foram exceções: o Alabama, que considera até os 24 anos, e o Utah, que abrange até os 14 anos.
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Em um momento em que as escolas começam a reabrir ou a se preparar para uma reabertura que se aproxima, o relatório traz muitas preocupações para autoridades americanas, pais, professores e funcionários das escolas. Aulas presenciais já começaram a ser retomadas agora, no início de agosto, em estados como Georgia, Indiana, Kentucky, Mississippi e Tennessee, com a maioria das escolas mantendo um sistema híbrido, misturando aulas remotas e presenciais.
Na Flórida, professores pedem que as aulas presenciais não sejam retomadas, com a cidade de Miami já tendo optado por continuar com o ensino online. Chicago, no estado de Illinois, e Los Angeles, no estado da Califórnia, anunciaram a mesma decisão. Nova York adotará o ensino híbrido, mas alunos e professores poderão optar por ter aulas somente a distância.
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Apesar de muitos estudos apontarem que as crianças não tendem a desenvolver quadros graves da Covid-19, o medo é em relação à transmissão para pessoas do grupo de risco. Uma pesquisa recente apontou que crianças pequenas, menores de cinco anos, podem carregar uma carga viral maior – pesquisadores continuam estudando como isso afeta a capacidade de transmissão dos pequenos. Segundo especialistas, são justamente as crianças mais novas que terão maior dificuldade de cumprir medidas de prevenção da disseminação do coronavírus (uso de máscaras, distanciamento, etc.) nas salas de aula.
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