Escolas particulares devem usar o ensino remoto em 2021 apenas pontualmente

Apesar das aulas online terem sido autorizadas até o fim de 2021, diretores de escolas particulares de São Paulo não pretendem usá-las como regra

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Escolas privadas só devem usar ensino remoto em 2021 pontualmente; imagem mostra menino de máscara olhando para a câmera
Para o diretor Arthur Fonseca, é importante regulamentar o ensino remoto
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Diretores de escolas particulares de São Paulo afirmaram que só pretendem usar as aulas online no ano que vem pontualmente, apesar da prática ter sido autorizada na educação básica até o fim de 2021. Eles ressaltam, no entanto, que a decisão vai depender do controle da pandemia.

No dia 6 de outubro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou resolução que prolongou a permissão de atividades remotas para o ensino básico e superior, público e particular, até o fim do próximo ano. A definição da carga horária a distância, no entanto, cabe a cada rede de ensino ou instituição.

Em reportagem à Folha de São Paulo, Daniel Bresser, diretor do colégio Móbile, na zona sul de São Paulo, disse que a autorização dá tranquilidade para saber que é possível usar o formato online, o qual funcionou neste ano. “Mas o nosso planejamento e expectativa é de que não seja necessário, queremos voltar ao presencial com o máximo de alunos possível”, afirma o diretor.

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Respaldo legal às famílias

A resolução do CNE também dá segurança jurídica aos pais que quiserem manter os filhos em casa e seguir com as aulas online. A perspectiva das escolas é que seja mantida uma combinação de modalidades, com a opção de ensino remoto para quem não puder ou escolher por não ir à escola.

“Não havendo a possibilidade de frequência presencial, seja por uma questão familiar ou pelas condições sanitárias na cidade, é importante que o ensino remoto esteja liberado. Ele funciona, mas a nossa defesa é pelo ensino presencial”, diz Bresser.

Arthur Fonseca, diretor do colégio Uirapuru, em Sorocaba, e ex-integrante dos conselhos nacional e estadual de São Paulo de educação, avalia ser importante que haja uma regulamentação por parte da rede de ensino paulista, determinando em quais casos e situações o ensino remoto pode ser utilizado no próximo ano para evitar prejuízos aos estudantes. “É importante que haja regulação para evitar exageros dos dois lados: escolas que abusem do recurso remoto ou famílias que enviem os filhos para a aula quando quiserem. É preciso definir bem quais situações impossibilitam as atividades presenciais.”

Segundo Fonseca, o colégio pretende continuar com o formato remoto e presencial no começo do ano letivo. “O ensino remoto garante a transmissão de conteúdo, mas a atividade presencial vai muito além disso. O projeto educacional de uma escola só é garantido com a presença diária dos alunos. Eu entendo que devemos continuar caminhando para o presencial”, diz.

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