‘Crianças têm de entender que cartão de crédito não é dinheiro’

Se os pais usam o cartão com frequência, é importante que expliquem aos filhos como funciona essa forma de pagamento, ressalta o educador financeiro Carlos Eduardo F. Costa

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Mãe e filhas põem moedas em cofrinho
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Hoje, é cada vez mais comum o uso de cartão de crédito no dia a dia. Praticamente todos os nossos gastos podem ser pagos utilizando este meio de pagamento. E as crianças passam a conviver então com este dinheiro de plástico. Uma das primeiras características que eles observam é que o cartão pode ser usado a qualquer momento e em qualquer circunstância.

Quando algum dos pais diz não ter dinheiro para comprar algo que está sendo pedido naquele momento, a resposta do pequeno é uma só: usa o cartão.

Há alguns meses, meu filho João Pedro estava tentando baixar um joguinho no celular. Mas era um joguinho que precisava ser pago. Disse para ele que precisava de dinheiro. Ele foi até o quarto e trouxe o seu cofrinho de moedas. Falei que não dava para pagar com aquelas moedas. De bate pronto ele já disse: paga com o cartão de crédito. Ou seja, aos 6 anos, ele já sabe que o cartão de crédito pode garantir a realização daquele consumo.

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É importante então já começar a mostrar aos filhos a forma positiva de se usar o cartão.

Primeiro eles precisam entender que o cartão é um meio de pagamento. Não é dinheiro. Todas as compras geram uma fatura que precisará ser paga.

Agora quando chega a fatura do cartão, eu mostro para o João Pedro. E mostro a ele alguma despesa que fizemos juntos usando o cartão. Explico que agora é a hora de pagar. Isso tudo de forma bem leve, pois ele ainda é muito pequeno para compreender todo o processo. Mas já começa a ter um registro importante: compra no cartão terá de ser paga na fatura.

Isso parece algo lógico, mas muitas pessoas se complicam quando esquecem essa premissa. Gastam mais no cartão de crédito do que conseguem pagar. É o ponto de partida para o endividamento.

Poderiam ter aprendido a evitar isso desde crianças!

*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.

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