Receber o diagnóstico de que seu filho é neurodivergente pode desencadear uma série de sentimentos complexos. Um dos mais comuns é o luto pelo “filho idealizado”, aquele que não corresponde às expectativas pré-concebidas dos pais. Essa experiência pode ser dolorosa, sobretudo quando essas expectativas são irreais ou inalcançáveis. No entanto, é crucial que os responsáveis compreendam que cada criança é única, com personalidade, habilidades e interesses próprios.
Segundo Andreia Rossi, educadora parental, psicopedagoga e mãe atípica, crianças não devem ser comparadas e, no caso das neurodivergentes, forçadas a se encaixarem em padrões sociais preestabelecidos. “Valorizar tanto as limitações quanto às qualidades de cada criança fortalece sua identidade e autoestima”, destaca a especialista.
Andreia ainda ressalta que as mães, em particular, podem sentir a pressão de seguir normas impostas pela sociedade quanto à criação dos filhos. “É fundamental lembrar que cada família tem suas próprias necessidades, valores e escolhas. Elas devem ser respeitadas e apoiadas em suas decisões”, afirma.
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Quando se trata do diagnóstico de uma criança neurodivergente, a educadora reforça que a maternidade é uma jornada desafiadora, repleta de mudanças profundas — físicas, emocionais, psicológicas e sociais. “Todas as mães enfrentam desafios diários, e as que têm crianças neurodivergentes encaram obstáculos adicionais, como lidar com uma deficiência ou condição de seus filhos”, explica Andreia.
A especialista também fala sobre a constante preocupação dos pais em relação às possíveis adversidades no desenvolvimento de seus filhos. “Há inúmeras incertezas no caminho de uma criança neurodivergente. No entanto, não é culpa dos pais quando algo não sai conforme o esperado, nem sinal de falta de habilidade. Às vezes, será necessário explicar à criança que não conseguiremos resolver tudo, mas estaremos sempre ao lado dela para oferecer apoio incondicional”, conclui Andreia Rossi.