Não use a sua raiva para controlar o seu filho

Quando não conseguimos controlar o que nos traz insatisfação na vida, tendemos a querer controlar a parte mais frágil de nossas relações: as crianças
Não use a sua raiva para tentar controlar as crianças; mãe de cara feia fala para a filha que segura celular e dá as costas para a mãe
Frustração na carreira, falta de dinheiro, casamento que não está bom – são vários os motivos que podem nos causar raiva

Você tem usado sua raiva como forma de controlar as crianças? Busque responder a essa pergunta, mas também se faça outra ainda mais importante: quais as verdadeiras razões que se escondem por trás da minha raiva e por que tantas vezes desconto no meu filho?

Pode ser cansaço, medo, estresse, dificuldade de relacionamento, mas também a falta de aceitação ou por tentar encaixar o seu filho em um molde que ele não cabe.

Talvez seja frustração por não ter buscado se realizar na carreira, por não trabalhar com o que gosta. Ou até por falta de dinheiro. Casamento que não está bom. A ausência de amigos. Não sei. Só você pode se dar essa resposta.

Procure por ela dentro de si, porque será essa resposta que vai permitir trazer para a consciência seus verdadeiros motivos de explodir com tanta raiva. E quando não conseguimos “controlar” essa parte de insatisfação em nossa vida, acabamos querendo “controlar” a parte mais frágil e vulnerável dela: as crianças.

Se você deseja construir uma relação feliz e de confiança com eles, escolha abrir mão de se relacionar pela raiva. Não podemos impedir uma emoção, mas podemos escolher a nossa reação a essa emoção. Resolva suas questões interiores e escolha se relacionar pelo amor e pela compaixão.

Crianças buscam receber afeto, porque precisam se sentir amadas. Quando não conseguem, encontram outras formas de conseguir suprir essa necessidade. Na maioria das vezes, será chamando a nossa atenção de forma negativa pelo mau comportamento.

Então, um ciclo vicioso se instala. Você está frustrado com algo em sua vida. Não tem consciência disso. Sente raiva. Desconta no filho. Tenta controlá-lo, que não cede por não se sentir amado. Começam as lutas por poder. E sua raiva só aumenta.

Quando tomamos consciência de nossas dores emocionais mal curadas e disfarçadas de raiva, ganhamos o poder de transformar toda uma existência.


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Telma Abrahão

Telma Abrahão é formada em Biomedicina mas mudou de carreira após a maternidade, tornando-se educadora parental. Autora do livro "Pais que evoluem" e apaixonada pelo tema da Parentalidade Positiva, fundou a empresa Positive Parenting Education, uma escola de pais localizada na Flórida (EUA), que ajuda famílias a encontrar mais equilíbrio em suas relações entre pais e filhos.

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