Artigos
Como construir um apego seguro
A teoria do apego foi desenvolvida pelo psiquiatra britânico John Bowlby, por volta de 1960, na qual ele destaca que crianças que recebem amor, proteção e segurança de pelo menos um cuidador, principalmente, no primeiro ano de vida, se transformarão em adultos seguros, autoconfiantes, capazes de enfrentar com mais habilidades as situações difíceis e saindo-se melhor em suas relações afetivas. O cuidador deve ser capaz de reconhecer e responder às necessidades dos pequenos, como nutrição adequada, temperatura agradável, fraldas secas e sono restaurador.
Quando os pais não respondem de forma consistente aos sinais de um bebê, isso pode prejudicar o apego e o desenvolvimento saudável. Com o tempo, os erros e os acertos, você descobrirá como responder ao seu bebê da melhor forma possível – conhecer verdadeiramente o seu próprio filho é a tarefa mais importante de um pai e uma mãe.
O ciclo de choro e acolhimento cria as bases que o bebê precisa para se sentir seguro e possibilita um crescimento emocionalmente saudável. Quando esse ciclo é quebrado repetidas vezes e as necessidades do bebê não são atendidas, pode-se sim criar um trauma que irá impactar de forma importante a sua vida.
Mas, atenção! Não confunda o apego seguro com a impossibilidade de deixar a criança se frustrar, gemer ou chorar. Embora chorar possa ser irritante ou angustiante para o adulto cuidador, não é fatal e permitir que a criança vivencie momentos de tristeza, desilusão e braveza faz parte do processo de crescimento e de construção de resiliência. O importante é atender a todas as necessidades do seu filho e não a todas as suas vontades.
O principal fator no desenvolvimento da confiança da criança que está intimamente relacionada com a construção do apego seguro é justamente que ela tenha a percepção de que o seu cuidador (geralmente, a mãe) tenha confiança em si mesmo.
*Este texto é de responsabilidade do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.
LEIA TAMBÉM:
[mc4wp_form id=”26137″]
Marcela Ferreira Noronha
Pediatra, educadora parental e nefrologista infantil. Mãe do Lucas e da Isabela. Formada em medicina pela Universidade São Francisco (SP) em 2006, com residência em pediatria pelo Hospital Menino Jesus de São Paulo, e especialização em nefrologia infantil pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Educadora Parental certificada pela Positive Discipline Association. Fez pediatria por vocação e tem como missão de vida tornar crianças e adultos felizes, respeitosos, com inteligência emocional, senso comunitário, física e emocionalmente saudáveis.
VER PERFILAviso de conteúdo
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita. O site não se responsabiliza pelas opiniões dos autores deste coletivo.
Veja Também
As 3 situações de emergência mais comuns com crianças — e o que toda mãe precisa saber agora
Acidentes acontecem rápido e muitas vezes no meio da rotina. Saber o que fazer (e o que não fazer) pode...
Se você tem medo do primeiro encontro entre seus filhos, veja o que aconteceu com Theo e Cecília e viralizou nas redes sociais
O primeiro encontro entre irmãos é sempre uma caixinha de surpresas. No vídeo que emocionou a internet, o pequeno Theo...
Brainrot: “Sinais de que o cérebro do meu filho estava pedindo socorro (e eu nem tinha notado)”
Sabe quando você olha para o seu filho e percebe que ele está ali… mas não está? Pois é. Foi...
Fim do ano sem surtar? O que ninguém fala sobre ser mãe em dezembro
Chegou aquela época do ano em que percebemos que estamos sorrindo por fora e acabadas por dentro... Será que dá...









