Não devemos ser mendigos emocionais implorando amor e sorrisos permanentes dos nossos filhos. A afetividade e o amor não são construídos somente nos “sim”, mas nos limites e na formação de um ser humano empático, respeitoso e inteligente.
Quantas vezes nós não ouvimos dos nossos filhos: “os outros pais deixam, só você que não”, “eu não gosto mais de você”. Pode ser difícil ouvir isso. Às vezes, nos sentimos os piores pais ou mães do mundo. Afinal de contas, nesses momentos, não estamos fazendo nossos filhos felizes. Mas, saiba que essas são “chantagens” primárias que eles fazem para tentar conseguir o que querem, e nós, família, não podemos ceder a elas.
O seu principal papel na relação com seus filhos é educar, e isso perpassa por impor limites. Crianças e adolescentes geralmente não gostam de limites, não é mesmo? Entretanto, eles são necessários.
Família, você tem que ser segura com a educação de seus filhos. Quando sabemos onde queremos chegar, podem vir as interferências, as opiniões dos outros, as reclamações dos filhos, a birra, o choro, mas você sabe que tem uma intencionalidade no processo de educação.
Quando esse objetivo não está claro, você perde o fio da meada. Se seu filho chora, você é reativo, grita e perde a paciência.
Então, precisamos entender que, sim, devemos brincar, dar risada, contar histórias, mas, acima de tudo, precisamos ser educadores. Pois, amanhã, seus filhos vão se relacionar com outras pessoas e com o mercado de trabalho, vão votar, construir a própria história. E que tipo de ser humano você está formando?
A maior herança que deixamos para a humanidade são nossos filhos. Eles estão preparados para as relações, para conviver e fazer a diferença? Pense nisso e não caia nas “chantagens” de seus filhos!
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