LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
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LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
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Especialista destaca necessidade de investir em pol\u00edticas p\u00fablicas de cuidado com a sa\u00fade da mulher","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"mortalidade-materna-na-gestacao-esta-50-acima-do-ideal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:39","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57398","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57021,"post_author":"55","post_date":"2022-06-01 11:16:14","post_date_gmt":"2022-06-01 14:16:14","post_content":"\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Nos \u00faltimos anos, s\u00e3o not\u00f3rios os diferentes avan\u00e7os alcan\u00e7ados na investiga\u00e7\u00e3o da sa\u00fade durante o per\u00edodo da gravidez, aumentando o conhecimento das causas da mortalidade materna. Contudo, os n\u00fameros ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna<\/a>, o Brasil teve uma m\u00e9dia de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no n\u00famero de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas \u00e0 gravidez ou por ela agravadas.<\/p>\n\n\n\n O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
<\/p>\n","post_title":"Trabalho em grupo: por que ele \u00e9 importante para as crian\u00e7as","post_excerpt":"As atividades em grupo trazem diversos benef\u00edcios de aprendizado e socializa\u00e7\u00e3o \u00e0s crian\u00e7as; em casa, pais podem colaborar para essas atividades de diferentes maneiras, ressaltam especialistas","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"trabalho-em-grupo-por-que-ele-e-importante-para-as-criancase-como-os-pais-podem-comeca-em-casa-explica-especialista","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-07 17:44:13","post_modified_gmt":"2022-06-07 20:44:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57247","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57398,"post_author":"55","post_date":"2022-06-04 12:00:00","post_date_gmt":"2022-06-04 15:00:00","post_content":"\n Nos \u00faltimos anos, s\u00e3o not\u00f3rios os diferentes avan\u00e7os alcan\u00e7ados na investiga\u00e7\u00e3o da sa\u00fade durante o per\u00edodo da gravidez, aumentando o conhecimento das causas da mortalidade materna. Contudo, os n\u00fameros ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna<\/a>, o Brasil teve uma m\u00e9dia de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no n\u00famero de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas \u00e0 gravidez ou por ela agravadas.<\/p>\n\n\n\n O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. 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Contudo, os n\u00fameros ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna<\/a>, o Brasil teve uma m\u00e9dia de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no n\u00famero de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas \u00e0 gravidez ou por ela agravadas.<\/p>\n\n\n\n O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
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Contudo, os n\u00fameros ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna<\/a>, o Brasil teve uma m\u00e9dia de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no n\u00famero de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas \u00e0 gravidez ou por ela agravadas.<\/p>\n\n\n\n O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n <\/p>\n","post_title":"Trabalho em grupo: por que ele \u00e9 importante para as crian\u00e7as","post_excerpt":"As atividades em grupo trazem diversos benef\u00edcios de aprendizado e socializa\u00e7\u00e3o \u00e0s crian\u00e7as; em casa, pais podem colaborar para essas atividades de diferentes maneiras, ressaltam especialistas","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"trabalho-em-grupo-por-que-ele-e-importante-para-as-criancase-como-os-pais-podem-comeca-em-casa-explica-especialista","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-07 17:44:13","post_modified_gmt":"2022-06-07 20:44:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57247","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57398,"post_author":"55","post_date":"2022-06-04 12:00:00","post_date_gmt":"2022-06-04 15:00:00","post_content":"\n Nos \u00faltimos anos, s\u00e3o not\u00f3rios os diferentes avan\u00e7os alcan\u00e7ados na investiga\u00e7\u00e3o da sa\u00fade durante o per\u00edodo da gravidez, aumentando o conhecimento das causas da mortalidade materna. Contudo, os n\u00fameros ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna<\/a>, o Brasil teve uma m\u00e9dia de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no n\u00famero de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas \u00e0 gravidez ou por ela agravadas.<\/p>\n\n\n\n O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
<\/p>\n","post_title":"Trabalho em grupo: por que ele \u00e9 importante para as crian\u00e7as","post_excerpt":"As atividades em grupo trazem diversos benef\u00edcios de aprendizado e socializa\u00e7\u00e3o \u00e0s crian\u00e7as; em casa, pais podem colaborar para essas atividades de diferentes maneiras, ressaltam especialistas","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"trabalho-em-grupo-por-que-ele-e-importante-para-as-criancase-como-os-pais-podem-comeca-em-casa-explica-especialista","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-07 17:44:13","post_modified_gmt":"2022-06-07 20:44:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57247","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57398,"post_author":"55","post_date":"2022-06-04 12:00:00","post_date_gmt":"2022-06-04 15:00:00","post_content":"\n Nos \u00faltimos anos, s\u00e3o not\u00f3rios os diferentes avan\u00e7os alcan\u00e7ados na investiga\u00e7\u00e3o da sa\u00fade durante o per\u00edodo da gravidez, aumentando o conhecimento das causas da mortalidade materna. 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Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
<\/p>\n","post_title":"Trabalho em grupo: por que ele \u00e9 importante para as crian\u00e7as","post_excerpt":"As atividades em grupo trazem diversos benef\u00edcios de aprendizado e socializa\u00e7\u00e3o \u00e0s crian\u00e7as; em casa, pais podem colaborar para essas atividades de diferentes maneiras, ressaltam especialistas","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"trabalho-em-grupo-por-que-ele-e-importante-para-as-criancase-como-os-pais-podem-comeca-em-casa-explica-especialista","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-07 17:44:13","post_modified_gmt":"2022-06-07 20:44:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57247","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57398,"post_author":"55","post_date":"2022-06-04 12:00:00","post_date_gmt":"2022-06-04 15:00:00","post_content":"\n Nos \u00faltimos anos, s\u00e3o not\u00f3rios os diferentes avan\u00e7os alcan\u00e7ados na investiga\u00e7\u00e3o da sa\u00fade durante o per\u00edodo da gravidez, aumentando o conhecimento das causas da mortalidade materna. Contudo, os n\u00fameros ainda preocupam. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna<\/a>, o Brasil teve uma m\u00e9dia de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os dados, referentes ao ano de 2021, revelam o aumento no n\u00famero de mulheres que morreram durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas \u00e0 gravidez ou por ela agravadas.<\/p>\n\n\n\n O Brasil apresenta n\u00fameros bem distantes dos fixados pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5e<\/a>s Unidas (ONU). At\u00e9 2015, a meta era que o Brasil obtivesse menos de 35 mortes a cada 100 mil nascimentos, mas, infelizmente, a realidade n\u00e3o foi essa. O pa\u00eds permaneceu na faixa de 70 a 75 \u00f3bitos maternos por 100 mil nascidos vivos, cerca de 50% acima do previsto. De acordo com o Relat\u00f3rio da Sa\u00fade Europeia<\/a> divulgado recentemente, todos os pa\u00edses europeus conseguiram alcan\u00e7ar a meta de redu\u00e7\u00e3o da mortalidade materna. A taxa m\u00e9dia no continente europeu \u00e9 de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustent\u00e1vel (ODS)<\/a>, a ONU indicou que at\u00e9 2030, a taxa de mortalidade materna global permane\u00e7a abaixo de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. De acordo com a adapta\u00e7\u00e3o das metas para a realidade brasileira, realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada), a meta brasileira para 2030 se assemelha bastante com o que era esperado para o ano de 2015. \u00c9 esperado que o pa\u00eds consiga reduzir a mortalidade materna para, no m\u00e1ximo, 30 mortes por 100.000 nascidos vivos, at\u00e9 2030. <\/p>\n\n\n\n A discrep\u00e2ncia entre o Brasil e o continente europeu pode ser explicada pela diferen\u00e7a no acompanhamento de gestantes. \"A Europa tem trabalhado h\u00e1 muito tempo na qualifica\u00e7\u00e3o da assist\u00eancia \u00e0 sa\u00fade da gestante e do rec\u00e9m-nascido, e essa qualifica\u00e7\u00e3o vai muito na dire\u00e7\u00e3o das gesta\u00e7\u00f5es de alto risco. Ent\u00e3o, \u00e9 muito importante que a gente fa\u00e7a o cuidado bem-feito na aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade para as gesta\u00e7\u00f5es de baixo risco, mas, de outra forma, n\u00f3s tamb\u00e9m precisamos ter um olhar especial para aquelas gesta\u00e7\u00f5es que apresentam hipertens\u00e3o, que apresentam alguma complica\u00e7\u00e3o\", explica Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chefe do Departamento de Obstetr\u00edcia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP,<\/a> em entrevista ao Jornal da USP<\/a> no Ar 1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n A morte gestacional pode ser definida como a morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias ap\u00f3s o final da gesta\u00e7\u00e3o, sendo um problema de sa\u00fade p\u00fablica global. Este \u00e9 um indicador importante para analisar a sa\u00fade das mulheres, o desenvolvimento econ\u00f4mico e as desigualdades sociais em uma popula\u00e7\u00e3o. As principais causas de mortalidade materna s\u00e3o hemorragias p\u00f3s-parto, dist\u00farbios hipertensivos, sepse, partos obstru\u00eddos e complica\u00e7\u00f5es relacionadas ao aborto inseguro. Um dos maiores desafios para as diretrizes de desenvolvimento de pol\u00edticas destinadas a reduzir a mortalidade materna \u00e9 a sua real magnitude, mascarada por altos n\u00edveis de sub-registro de mortes e\/ou subnotifica\u00e7\u00e3o de causas de morte, especialmente em pa\u00edses em desenvolvimento, onde acontecem cerca de tr\u00eas quartos de todos os nascimentos no planeta. <\/p>\n\n\n\n A maioria das mortes maternas \u00e9 evit\u00e1vel, pois as solu\u00e7\u00f5es de cuidados de sa\u00fade para prevenir ou administrar complica\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem conhecidas. Todas as mulheres precisam ter acesso a cuidados pr\u00e9-natais durante a gesta\u00e7\u00e3o, cuidados capacitados durante o parto e cuidados e apoio nas semanas ap\u00f3s o parto. A sa\u00fade materna e do rec\u00e9m-nascido est\u00e3o intimamente ligadas. Estima-se que aproximadamente 2,7 milh\u00f5es de rec\u00e9m-nascidos morreram em 2015 e houve outros 2,6 milh\u00f5es de natimortos. \u00c9 particularmente importante que todos os partos sejam assistidos por profissionais de sa\u00fade qualificados, uma vez que o tratamento oportuno pode fazer a diferen\u00e7a entre a vida e a morte da m\u00e3e e do beb\u00ea.<\/p>\n\n\n\n Em pa\u00edses de alta renda, praticamente todas as mulheres realizam pelo menos quatro consultas de pr\u00e9-natal, s\u00e3o atendidas por um profissional de sa\u00fade qualificado durante o parto e recebem atendimento ap\u00f3s o parto. Em 2015, apenas 40% de todas as mulheres gr\u00e1vidas em pa\u00edses de baixa renda tiveram o n\u00famero de consultas pr\u00e9-natal recomendadas.<\/p>\n\n\n\n \"N\u00f3s n\u00e3o temos no Brasil leitos dedicados \u00e0 unidade de terapia intensiva para gestantes e pu\u00e9rperas. Ent\u00e3o, o que n\u00f3s precisamos \u00e9 refletir sobre essa aten\u00e7\u00e3o e fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias para que a gente possa ter raz\u00f5es de morte materna inferiores a dez, que \u00e9 o que a gente v\u00ea na Europa\u201d, completa Rossana. <\/p><\/blockquote>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M <\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Talvez voc\u00ea n\u00e3o conhe\u00e7a o termo \"aliena\u00e7\u00e3o parental\", mas certamente j\u00e1 ouviu alguma hist\u00f3ria de algu\u00e9m que passa por isso. A pr\u00e1tica pode acontecer, por exemplo, quando a m\u00e3e ou o pai fala mal do(a) parceiro(a) para o filho constantemente. Ele pode usar frases como \"ele\/ela n\u00e3o gosta de voc\u00ea, por isso n\u00e3o veio te buscar\" ou \"ele\/ela j\u00e1 est\u00e1 em outro relacionamento e n\u00e3o quer mais saber de voc\u00ea\". E a crian\u00e7a, de tanto ouvir essas afirma\u00e7\u00f5es, passa a acreditar nelas. A aliena\u00e7\u00e3o parental acontece quando h\u00e1 interfer\u00eancia psicol\u00f3gica na crian\u00e7a ou no adolescente para repudiar determinado familiar, por meio de uma din\u00e2mica de repeti\u00e7\u00f5es de atos, que visam prejudicar o estabelecimento ou a manuten\u00e7\u00e3o de v\u00ednculos. <\/p>\n\n\n\n Segundo dados do Datafolha, cerca de 80% dos 20 milh\u00f5es de filhos de casais separados s\u00e3o alvos dessa condi\u00e7\u00e3o. O n\u00famero d\u00e1 uma ideia do quanto a pr\u00e1tica \u00e9 comum no pa\u00eds e ocorre muitas vezes por quest\u00f5es mal resolvidas no relacionamento do casal - mas especialistas ressaltam que os dados s\u00e3o insuficientes, visto que n\u00e3o h\u00e1 estudos de casos de crian\u00e7as, cujos pais vivem juntos, e tamb\u00e9m sofrem o problema. <\/p>\n\n\n\n Para proteger a crian\u00e7a e o adolescente da pr\u00e1tica, foi criada em mar\u00e7o deste ano a Lei 14.340\/22<\/a>, que altera a Lei 12.318<\/a>, de 2010, e consolida a import\u00e2ncia da atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar em processos que tratam da aliena\u00e7\u00e3o parental. A ideia \u00e9 que crian\u00e7as v\u00edtimas da pr\u00e1tica passem a contar com maior participa\u00e7\u00e3o de psic\u00f3logos e assistentes sociais na condu\u00e7\u00e3o do caso, al\u00e9m de um perito particular com expertise na tem\u00e1tica, que desenvolva a a\u00e7\u00e3o de maneira mais objetiva e r\u00e1pida.\u00a0<\/p>\n\n\n\n \u201cA mudan\u00e7a legislativa \u00e9 importante, pois refor\u00e7a que as crian\u00e7as e adolescentes s\u00e3o sujeitos de direitos e possuem direito \u00e0 ampla conviv\u00eancia familiar. Tamb\u00e9m refor\u00e7a o lugar de prote\u00e7\u00e3o dos familiares e de pessoas que exer\u00e7am autoridade sobre as crian\u00e7as e adolescentes. Ademais, a legisla\u00e7\u00e3o est\u00e1 atenta \u00e0 necessidade de atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar e de celeridade na tramita\u00e7\u00e3o de processos dessa natureza. O que reverte na prote\u00e7\u00e3o das crian\u00e7as e adolescentes, que estar\u00e3o menos suscet\u00edveis \u00e0 viol\u00eancia institucional e ter\u00e3o maior possibilidade de verem resguardados os seus direitos a uma conviv\u00eancia familiar sadia\u201d, explica a advogada Renata Cysne<\/a>, diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m visa diminuir o tempo de dura\u00e7\u00e3o de cada processo, visto que alguns se prolongam por meses. Os que possuem laudos psicol\u00f3gicos e\/ou biopsicossociais, utilizados para apresenta\u00e7\u00e3o descritiva acerca de situa\u00e7\u00f5es e\/ou condi\u00e7\u00f5es psicol\u00f3gicas dos menores, pendentes h\u00e1 mais de seis meses, agora dever\u00e3o ser conclu\u00eddos em at\u00e9 tr\u00eas meses. Em conjunto com a medida, a advogada explica que dever\u00e1 haver direcionamento quanto ao acompanhamento psicol\u00f3gico ou biopsicossocial, de maneira que se torne peri\u00f3dico e que, segundo o novo regramento, contenha o laudo inicial, com avalia\u00e7\u00e3o do caso e o indicativo de metodologia ideal de abordagem, e laudo final. <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a nova lei revogou a possibilidade de declarar a suspens\u00e3o da autoridade parental e determinou ao juiz que comunique ao Minist\u00e9rio P\u00fablico ind\u00edcios de viola\u00e7\u00e3o de direitos de crian\u00e7as e adolescentes. Isso significa que, enquanto anteriormente era poss\u00edvel que o juiz suspendesse o pai ou a m\u00e3e dos cuidados com o filho, quando praticada a aliena\u00e7\u00e3o, atualmente n\u00e3o \u00e9 mais. Caber\u00e1 ao Estado garantir espa\u00e7o adequado para realiza\u00e7\u00e3o da conviv\u00eancia assistida, que busca garantir que, ainda que um dos progenitores represente alguma amea\u00e7a \u00e0 crian\u00e7a, a conviv\u00eancia entre as partes deve ser mantida. As visitas podem ser assistidas por assistentes sociais e profissionais especializados, seja no pr\u00f3prio f\u00f3rum ou em entidades conveniadas. <\/p>\n\n\n\n \u201cAs crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o os destinat\u00e1rios prim\u00e1rios da Lei, toda a constru\u00e7\u00e3o \u00e9 no sentido de proteg\u00ea-los de qualquer interfer\u00eancia psicol\u00f3gica que os impe\u00e7am de formar v\u00ednculos com outros familiares. A atua\u00e7\u00e3o interdisciplinar prevista na lei \u00e9 para que a crian\u00e7a seja ouvida de forma respeitosa e tenha sua opini\u00e3o levada em considera\u00e7\u00e3o, sempre de acordo com o seu grau de maturidade. O melhor interesse da crian\u00e7a e do adolescente \u00e9 o princ\u00edpio b\u00e1sico e, portanto, toda a leitura e aplica\u00e7\u00e3o legislativa, deve atender esse preceito\u201d, completa Renata. <\/p>\n\n\n\n Em situa\u00e7\u00f5es de aliena\u00e7\u00e3o parental, as crian\u00e7as e adolescentes ficam diretamente expostas ao conflito dos adultos e com isso h\u00e1 uma s\u00e9rie de preju\u00edzos de ordem emocional e material. A literatura relata desde a quebra de brinquedos e artigos pessoais a preju\u00edzos escolares, ao desenvolvimento f\u00edsico e psicol\u00f3gico e at\u00e9 relatos de idea\u00e7\u00e3o suicida e auto exterm\u00ednio, a depender da din\u00e2mica estabelecida. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M:<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\n\n\n\n
\n\n\n\nComportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nComportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nExemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nExemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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\n\n\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nLuto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n[mc4wp_form id=\"26137\"]\n","post_title":"Mortes maternas na gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o 50% acima do previsto","post_excerpt":"Apesar de evit\u00e1vel, a mortalidade materna no Brasil ainda apresenta n\u00fameros preocupantes. Especialista destaca necessidade de investir em pol\u00edticas p\u00fablicas de cuidado com a sa\u00fade da mulher","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"mortalidade-materna-na-gestacao-esta-50-acima-do-ideal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:39","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57398","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57021,"post_author":"55","post_date":"2022-06-01 11:16:14","post_date_gmt":"2022-06-01 14:16:14","post_content":"\nPuni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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\n\n\nO que \u00e9 morte gestacional? <\/h2>\n\n\n\n
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Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Puni\u00e7\u00f5es estabelecidas pela lei, aos pais que praticam a aliena\u00e7\u00e3o: <\/h2>\n\n\n\n
Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\n
Como desenvolver o potencial criativo de crian\u00e7as e jovens<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Exemplos de pr\u00e1ticas de aliena\u00e7\u00e3o parental<\/h2>\n\n\n\n
Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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<\/figure>Como desenvolver o potencial criativo de crian\u00e7as e jovens<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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<\/figure>Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
\n\n\n\nLEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/h4>\n\n\n\n
<\/figure>Como desenvolver o potencial criativo de crian\u00e7as e jovens<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Comportamentos classificados como aliena\u00e7\u00e3o parental: <\/h3>\n\n\n\n
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