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Maior ingestão de ômega-3 na infância pode prevenir asma, diz estudo
Um novo estudo publicado no periódico European Respiratory Journal mostrou que a ingestão alimentar de ácidos graxos ômega-3 na infância pode reduzir o risco do desenvolvimento da asma, doença pulmonar crônica caracterizada pela inflamação das vias aéreas, em crianças portadoras de uma variante genética comum (FADS).
A pesquisa, publicada no dia 28 de janeiro deste ano, foi feita no Reino Unido com base em dados de um grupo de 4.543 participantes, chamados de Children of the 90s. Trata-se de um estudo que recrutou mães grávidas no início da década de 1990 e acompanha os filhos desde então. Para chegar aos resultados, os pesquisadores observaram a relação entre a ingestão de ômega 3 por crianças de 7 anos de idade e a incidência de novos casos de asma entre os 11 e 14 anos. A análise foi feita por meio de questionários de frequência alimentar e considerou dois tipos de ômega 3 de cadeia longa: o ácido docosahexaenoico (DHA) e o ácido eicosapentaenoico (EPA), infomra reportagem.
Leia também: Como as mudanças comportamentais na pandemia podem afetar crianças com asma?
A incidência de asma nas crianças
O estudo afirma que no Reino Unido, 1,1 milhão de crianças (1 em 11) estão atualmente recebendo tratamento para asma. No Brasil, a condição é responsável por 2 mil mortes por ano, ou cerca de três ao dia, segundo os últimos números da Asbai (Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia). “Asma é a doença crônica mais comum na infância e nós ainda não sabemos como evitá-la”, relata o autor da pesquisa, Seif Shaheen. Ele afirma ser possível que uma dieta inadequada possa aumentar o risco de desenvolver asma, “mas até agora a maioria dos estudos tem medido dieta e asma por um curto período de tempo”, disse. “Em vez disso, medimos a dieta e acompanhamos as crianças por muitos anos para ver quem desenvolveu asma e quem não.”
Resultados obtidos
- A ingestão de ômega-3, de cadeia longa, não foi associada à asma no grupo como um todo (4.543 pessoas);
- No entanto, a equipe se aprofundou na análise das crianças que possuíam uma composição genética específica – o gene (FADS), que está associado a níveis mais baixos de ácidos graxos ômega-3, dos tipos de cadeia longa, no sangue;
- As crianças que carregam esse gene FADS representavam mais da metade do grupo e observou-se que ao aumentar a ingestão de ômega-3 elas tiveram 51% menos riscos de desenvolver asma;
- Ainda assim, pesquisadores ressaltam que não se pode afirmar com certeza que uma maior ingestão do ômega-3 na infância pode prevenir o desenvolvimento de asma;
- O próximo passo do estudo é verificar se a ingestão elevada também está associada a um risco menor de exacerbações em crianças que já têm asma.
Leia também: Um terço das crianças em idade pré-escolares sofre com a asma
Alimentos que possuem ômega 3*
A principal e maior fonte de ômega 3 é o óleo de peixes de águas profundas e geladas. As espécies mais fáceis de encontrar por aqui são:
- Sardinha (se decidir usar o produto em lata, prefira a versão em água)
- Pescada;
- Corvina;
- Anchova;
- Salmão (selvagem);
- Atum (se decidir usar o produto em lata, prefira a versão em água);
- Caranguejo.
Alimentos que possuem ômega-3 de origem vegetal:
- Linhaça (semente e óleo);
- Chia;
- Oleaginosas (nozes e castanhas).
- Alimentos enriquecidos como sucos, margarinas, iogurtes e até ovos. Eles são encontrados nos supermercados e embora não haja restrição para consumi-los, é importante lembrar que eles não devem ser a única fonte de ômega 3 da dieta das crianças. Alimentos enriquecidos ajudam na estratégia de ter mais opções dessa gordura disponíveis no seu cardápio. (*Com informações do site Uol/Viver Bem)
Leia também: Alimentação balanceada pode fortalecer o sistema imunológico contra o coronavírus?
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Canguru News
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