A chegada de um bebê traz diversas mudanças à família. Além do amor infinito por aquele pequeno ser recém-chegado ao mundo, o casal pode enfrentar também certas dificuldades de adaptação e mesmo no relacionamento.
Abaixo, a especialista em psicopatologia e saúde mental, Natasha Bazhuni, fala sobre as dificuldades de relacionamento entre o casal com a chegada do bebê – e como é possível resolvê-las. O vídeo foi realizado pela Phitters, nossa produtora de cursos online para pais. Assista!
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Uma pesquisa que acompanhou casais desde o casamento até o nascimento do primeiro filho, observou que dois terços dos casais se sentiam menos satisfeitos e menos felizes no seu relacionamento ate os três primeiros anos de vida do bebê. O estudo foi feito por uma psicóloga e pesquisadora, Ester Kluwer, dos Países Baixos, na Europa.
“A chegada de um filho leva a uma serie de mudanças para a rotina do casal, porque é um momento muito transformador. O bebê não dorme direito, as pessoas ficam mais irritadas, têm mais dificuldade para ouvir o que o outro está falando e podem se sentir sobrecarregadas”, explica Natasha Bazhuni, especialista em psicopatologia e saúde mental, doutora em psicologia clínica pela Universidade de São Paulo (USP).
Ainda, podem surgir inseguranças em relação aos cuidados com o bebê, interferências familiares e incômodos com as visitas. “Há uma série de emoções novas que não são propícias para os relacionamentos amorosos”, relata Natasha.
Ela destaca que quando essas dificuldades surgem após os filhos, é importante avaliar se elas já não existiam e o casal não se dava conta ou se de fato elas foram desencadeadas pelo nascimento.
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Pesquisadores que estudam casais perceberam que na verdade não é o filho que promove alterações no relacionamento, ele promove sim revivências de situações já existentes.
Natasha explica que com a chegada do bebê, há uma mudança do casal conjugal, ou seja, uma relação entre homem e mulher, para casal parental, pai e mãe. “Essa mudança é sentida com impacto negativo para o relacionamento amoroso”, afirma a especialista.
Um estudo desenvolvido por um sociólogo e pesquisador americano, Dr. Johnson, identificou que esses problemas do dia a dia do casal, quando não eram resolvidos poderiam gerar a diminuição da intimidade, o aumento do sentimento negativos e consequentemente a insatisfação conjugal.
Segundo o pesquisador, isso poderia ser resolvido por meio de uma boa comunicação, que traria aspectos positivos como uma capacidade melhor de negociação e a resolução de conflitos amigáveis. Com isso, os conflitos cotidianos poderiam ser resolvidos.
Investir nesse diálogo é fundamental portanto para melhorar o relacionamento.
“Um relacionamento conjugal satisfatório é identificado pelo próprio cônjuge como uma das principais origens da infelicidade. Se acordo e durmo com uma pessoa e não estou me relacionando bem com ela isso vai gerar infelicidade”, conclui Natasha.
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