Profissões: brincadeiras na infância podem ampliar escolhas para o futuro

É válido que as crianças conheçam o trabalho dos pais e brinquem de diferentes carreiras

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No universo infantil, brincadeiras sobre profissões podem ser variadas
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Na infância, as crianças são despertadas pelas profissões. Começam a entender que os adultos, as pessoas grandes, têm um trabalho. O primeiro passo é compreender qual é o trabalho do pai e da mãe. Uma ação que facilita bastante é visitar o local de trabalho deles. As crianças têm no início um raciocínio bem concreto. A minha filha, Maria Eduarda, visitava bastante a mãe no trabalho. Íamos sempre juntos buscá-la na loja em que ela trabalhava. A Duda conhecia então o local, as atividades e os amigos da mãe. Naquela época, eu trabalhava como professor de graduação em duas faculdades que ficavam um pouco mais afastadas da nossa casa. Mas fiz questão de organizar uma visita da Duda até uma delas. Foi uma curtição! Ela conheceu todos os espaços e também teve a oportunidade de me ver dando aula. 

No caso do João Pedro, eu já trabalhava mais viajando. Aulas e consultorias em outras cidades. Ele sabia que quando eu viajava, era para trabalhar. E gostava bastante, pois podia assumir o meu lugar na cama ao lado da mãe. Veio a pandemia e quase todas minhas atividades passaram a ser remotas. Ele pode então acompanhar mais de perto. E eu consegui mostrar para ele um pouco do meu trabalho. Quando estou dando aula à noite, antes de ir dormir, ele passa na minha sala de aula. Dá boa noite para os alunos, se apresenta e fala alguma coisa. Adora ver as caras dos alunos e alunas. Ele sempre acompanhou o trabalho da mãe. Minha esposa trabalha com decoração de festas, em especial festas infantis. E ele estava sempre querendo saber da festa, de quem eram aquelas peças, aqueles doces modelados. Queria sempre provar um dos doces. Depois da festa montada é um dos primeiros a ver as fotos.  

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Muitas vezes, as profissões do pai e da mãe são o ponto de partida para as brincadeiras deles. Mas no universo infantil há espaço para se pensar em mais de um profissão. De manhã, as crianças querem ser astronautas, à tarde, bombeiros e vão dormir sonhando em serem atletas. Manter a cabeça aberta em relação às profissões pode ser fundamental em relação ao futuro. 

Estamos vivendo em um tempo de grandes transformações. As pesquisas mostram que a maior parte das crianças de hoje irá trabalhar em profissões que ainda não foram inventadas. Ficar refém daquele cardápio mais limitado que nos foi apresentado quando crianças pode não ser uma boa ideia. 

E você, concorda comigo? 

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Carlos Eduardo Costa
Carlos Eduardo Freitas Costa é pai de Maria Eduarda e do João Pedro. Tem formação em ciências econômicas pela UFMG, especialização em marketing e em finanças empresariais e mestrado em administração. É autor de diversos livros sobre educação financeira para adultos e crianças, entre os quais: 'No trabalho do papai' e 'No supermercado', além da coleção 'Meu Dinheirinho'. Saiba mais em @meu.dinheiro

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