O novo coronavírus, batizado de COVID-19, teve sua chegada confirmada ao Brasil no meio do Carnaval e, terminados os festejos, só se fala nesse assunto. Até agora, há 488 casos suspeitos e dois confirmados no país, segundo o Ministério da Saúde.
O COVID-19 faz parte de um grupo de vírus que são comum em animais, embora alguns sejam encontrados também em humanos, causando infecções respiratórias. Esse novo agente do coronavírus teve seu primeiro diagnóstico em pacientes com pneumonia na cidade de Wuhan, na China, e se espalhou pelo mundo, sendo encontrado até então em mais de 40 países.
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Os sinais e sintomas frequentemente relatados no início da doença incluem febre, tosse e dor muscular ou fadiga: quadro clínico bastante inespecífico e similar ao encontrado em infecções causadas por outros vírus respiratórios. Não foram identificados achados clínicos que sejam exclusivos desta infecção, sendo relatados desde pessoas assintomáticas até casos graves, fatais, com pneumonia e insuficiência respiratória.
O motivo para a Organização Mundial de Saúde decretar o novo surto de coronavírus uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional vem do fato de que esses vírus pode ter taxas de mortalidade muito altas. Os índices de mortalidade dos últimos coronavírus reportados foram de 10% para a epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Severa e Aguda), em 2002, e em torno de 30% para o MERS (Síndrome Respiratória para o Oriente Médio), em 2012.
Colocar o mundo em alerta evita a propagação rápida do vírus e salva vidas até que mais informações sejam coletadas.
Hoje, quase três meses após a identificação do primeiro caso, sabe-se que o COVID-19 tem uma transmissibilidade maior, mas mortalidade menor, com uma taxa geral de 2,3% — mas em pessoas com mais de 80 anos chega a 14,8%, de acordo com um estudo realizado pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC). Outros fatores de risco para quadros graves já identificados foram diabetes, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares, câncer, doença hepática, renal, situações de imunocomprometimento e gravidez.
Chama a atenção nas descrições de casos iniciais a quase ausência de casos sintomáticos em lactentes, crianças e adolescentes, mas não se sabe o porquê dessa relativa proteção na faixa etária pediátrica.
Como fazer para se proteger? O Ministério da Saúde recomenda ações preventivas diárias:
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Não se sabe ainda qual animal foi o transmissor. Por isso, quem for viajar aos locais com circulação do vírus, além das precauções padrão deve evitar contato com animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.
A batalha do ser humano contra os vírus é diária. Essas medidas evitam também a propagação de outros vírus respiratórios como o vírus da influenza, que já causou entre 12 mil e 30 mil mortes na atual estação de gripe 2019/2020 nos Estados Unidos, e o vírus do sarampo, responsável por epidemia considerável no ano de 2019.
Não podemos esquecer, também, que estamos no verão e a dengue atingiu sua máxima histórica, avançando exponencialmente nas últimas décadas e fazendo vítimas fatais com cidades em estado de atenção pela quantidade de casos confirmados.
Para finalizar, ressalto a importância de consumir orientações de redes confiáveis: as informações se disseminam com muito mais velocidade que o vírus e há de se ter cuidado com as fake news que começam a aparecer. Fato é que prevenir é sempre melhor do que remediar e toda atenção deve ser dispensada nos cuidados individuais se quisermos vencer essa batalha.
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