A volta das aulas presenciais em creches, pré-escolas e escolas de ensino fundamental da capital paulista podem não ocorrer no dia 8 de setembro, conforme planeja o governo do estado de São Paulo. O secretário municipal de Educação, Bruno Caetano disse esta semana ser pouco provável que a reabertura das escolas ocorra conforme prevê o plano do governador João Doria (PSDB).
“Para ser dia 8 de setembro, a Saúde tem que dar a orientação. Mas pode ser, e é muito provável, que não seja em 8 de setembro. Ainda não há nenhuma data”, afirmou o secretário em entrevista à GloboNews nesta segunda (3). Ele disse ainda que a volta das aulas presenciais no município pode acontecer em outubro ou mesmo novembro. “Qualquer dia a mais de aula presencial que a gente tiver é importante para as crianças. A minha visão, como secretário de Educação, é que é uma atitude prematura anunciar que nesse ano não tem aula. Acho que tem que ir passo a passo, acompanhando a evolução da pandemia semana por semana”, declarou o secretário.
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A orientação do governo do estado de São Paulo serve também para as escolas da rede particular de ensino. Isso desde que 80% do estado esteja na fase amarela do plano de flexibilização da quarentena – o terceiro menos restritivo em relação ao funcionamento do comércio e outros serviços – há pelo menos 28 dias antes da reabertura das escolas, ou seja, a partir da próxima terça-feira, 11 de agosto.
A capital paulista se encontra neste momento na fase amarela, assim como toda a região metropolitana de São Paulo, a Baixada Santista e Araraquara. As demais regiões do Estado, porém, estão nas fases laranja ou vermelha.
A decisão da prefeitura em adiar a volta às aulas presenciais tem como base um inquérito sorológico, realizado no município, que apontou alto número de casos de coronavírus entre idosos. A avaliação da área da saúde é de que as crianças, muitas das quais convivem com avós, trazem riscos aos mais velhos, informa reportagem da Folha de São Paulo.
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, as prefeituras têm autonomia para aderir ou não às orientações do governo.
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