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Será que você sabe o que fazer se uma água-viva queimar seu filho ?

Férias, verão, calor e praia… Esta temporada é uma delícia e as crianças aproveitam bastante! Mas quem vai curtir no litoral também precisa se preparar para acidentes, como as queimaduras com águas-vivas. No Brasil, especialmente no Litoral Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), os casos se tornam mais frequentes nesta época do ano.
Por serem menores, as crianças são mais vulneráveis. Isso porque a ação das toxinas liberadas pelos tentáculos desses animais pode ser proporcionalmente mais intensa. É importante que os adultos saibam identificar logo, para agir rápido e da forma certa.
Segundo a dermatologista pediátrica Flavia Prevedello, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), os efeitos podem ir além da pele. “Dependendo da sensibilidade da criança ou da extensão do contato, podem surgir sintomas sistêmicos, como dor de cabeça, vômitos, alteração da pressão arterial, desmaio e até convulsão. Nessas situações, é fundamental procurar atendimento médico o quanto antes”, alerta.
Como identificar a queimadura de água-viva?
O contato com a água-viva costuma provocar reações quase imediatas. Um dos sinais mais característicos são marcas na pele que lembram chicotadas, causadas pelos tentáculos do animal. “A gravidade da reação varia de acordo com a área atingida, o tempo de contato e se a criança teve exposição a mais de um animal”, explica a dermatologista.
Outros sintomas comuns incluem:
- Dor intensa
- Ardência
- Vermelhidão
- Inchaço
Queimadura de água-viva: o que fazer?
Diante do acidente, algumas medidas simples — e corretas — podem reduzir a dor e evitar complicações. Os primeiros passos são:
1 Lave o local com água do mar e, se possível, aplique vinagre por 30 segundos a um minuto. Isso ajuda a neutralizar a liberação de toxinas.
2 Caso ainda haja tentáculos presos à pele, retire-os com cuidado, usando luvas ou um objeto rígido, como um cartão.
3 Compressas de água quente podem aliviar a dor.
Nos dias seguintes, evite a exposição ao sol, mantenha a área limpa e observe sinais de infecção ou feridas. A proteção ajuda a prevenir manchas e complicações na cicatrização. Se surgirem sinais como inchaço intenso, vômitos, tremores, queda de pressão ou qualquer sintoma geral, procure atendimento médico imediatamente, porque o quadro pode indicar uma reação mais grave ao veneno.
O que NÃO fazer!
Algumas práticas comuns podem piorar muito a situação e devem ser evitadas, segundo a especialista. Fazer xixi é uma delas. “A água doce e o xixi funcionam como um gatilho que rompe as estruturas presentes nos tentáculos, liberando ainda mais toxinas e aumentando a dor e a ardência”, explica a médica.
- Não esfregar o local atingido
- Não usar gelo
- Não lavar com água doce
- Não aplicar urina
- Não passar álcool, óleo, pomadas ou outros produtos
Como prevenir queimaduras de água-viva em crianças?
A prevenção começa antes mesmo de entrar no mar. Em muitos estados brasileiros, a bandeira lilás nos postos de guarda-vidas indica risco de presença de águas-vivas e caravelas. Além disso, os especialistas recomendam observar sinais da presença desses animais na água ou na areia, conversar com bombeiros ou guarda-vidas sobre as condições do mar, orientar a criança a não tocar em águas-vivas, mesmo quando parecem mortas e usar calçados ao caminhar pela praia, evitando contato com tentáculos soltos.
Canguru News
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