Mulher, entre 33 e 50 anos e com nível superior. Esse é o perfil de quem se dedica à educação infantil em Minas
“Que saudade da professorinha / que me ensinou o bê-á-bá”. Em 1957, o cantor e compositor mineiro Ataulfo Alves compôs Meus Tempos de Criança. A canção se transformaria em um de seus grandes sucessos e, desde então, vem sendo repetida nas homenagens do Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro. Mais de cinquenta anos depois, o cenário descrito pelo compositor ao homenagear sua mestra ainda é realidade nas escolas de Minas Gerais. As professoras compõem a imensa maioria entre os docentes que estão à frente das classes de educação infantil do estado. É isso o que mostram os dados relativos a Minas Gerais na “Sinopse Estatística da Educação Básica no Brasil 2014”, produzida anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Segundo o estudo, Minas tinha no ano passado 49.066 professores e 705.041 alunos matriculados em instituições de educação infantil. Ou seja, um para cada catorze crianças. Do total de mestres, apenas 1.183 eram do sexo masculino (2,4%). Entre os estados da Região Sudeste, o porcentual mineiro é bem parecido com o registrado em São Paulo (2,5%). Mas fica atrás do Rio de Janeiro, onde os homens representam 4% do total, e do Espírito Santo, com 4,4%.
Nesse universo predominantemente feminino, a maior parte dos profissionais mineiros tem entre 33 e 50 anos (31.912). Uma boa notícia: de acordo com o estudo do Inep, a preparação dos professores e professoras vem melhorando. Em 2004, somente 36% do total tinha curso superior. Dez anos depois, esse índice saltou para 65%.
