Projeto quer garantir amamentação em local público em todo o Brasil

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Com informações da Agência Senado

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil“A amamentação é ato fundamental para a vida e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a melhor maneira de proporcionar o alimento ideal para o crescimento saudável e o desenvolvimento dos recém-nascidos.”

É com essa justificativa que a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) abre o Projeto de Lei 514/2015, aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado no dia 24 de agosto. O projeto prevê que todo estabelecimento, público ou privado, deve permitir o aleitamento materno em seu interior, sob pena de multa que pode chegar a R$ 440 mil.

Em enquete feita pelo site do Senado, 97% dos cidadãos se mostraram favoráveis ao projeto. Foram 577 votos a favor contra 17 contrários até as 12h30 desta terça-feira (6).

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Pelo texto, caberá à mãe a decisão sobre a utilização ou não de local reservado para amamentação, quando disponível. A abordagem para dar ciência à lactante sobre a existência da sala de amamentação deve ser feita “com discrição e respeito, sem criar constrangimento para induzir ao uso desses recursos”.

“É sabido por todos a existência de inúmeros casos de mulheres que foram constrangidas e até mesmo impedidas de amamentar em espaços públicos”, diz a senadora, em sua justificativa. Vanessa Grazziotin quer incentivar a amamentação e garantir que seja uma prática corriqueira.

A relatora do projeto, senadora Regina Sousa (PT-PI), disse que é necessário aprovar uma lei federal para que as mulheres não tenham receio de amamentar seus filhos em locais públicos e para que as salas de aleitamento não sejam de uso compulsório. “Deveria ser natural [a amamentação em público]. Qual o constrangimento que causa às pessoas uma mãe amamentando seu filho?”, questionou Regina Sousa.

O texto agora segue para decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

CLIQUE AQUI para acompanhar a tramitação do projeto.

Em Belo Horizonte, um projeto do mesmo teor virou lei em maio deste ano. VEJA AQUI.


Cota para mulheres

No final de agosto também foi aprovado projeto (PLS 216/2016) de Regina Sousa, que modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para determinar que empresas com mais de dez empregados contratem pelo menos 30% de mulheres para atividades-fim.

“Boa parte das empresas não quer contratar mulheres para seus quadros. Encontramos mulheres trabalhando nos restaurantes e nas lanchonetes das empresas, mas em atividades-fim, se encontra pouco”, disse Regina.

O relator, senador Paulo Paim (PT-RS), apresentou voto favorável.

“Dada a proporção de homens e mulheres aptos ao trabalho na sociedade brasileira, a desproporção em suas participações na ocupação de postos de trabalho não se pode compreender senão como resultado da atividade subterrânea do preconceito”, opinou Paim.

O texto segue para decisão terminativa na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

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