Dá para celebrar a maternidade brincando, chorando, sorrindo e, principalmente, compartilhando. Esse é o foco principal do podcast “Escuta que o filho é teu”, que está prestes a terminar sua primeira temporada e já anuncia novos temas e até uma surpresa para as mães (as que ouvirem o programa até o final!).
Com produção do portal G1 e apresentação das jornalistas Karina Godoy, mãe da Maitê, 3 anos, e Natália Ariede, mãe do Vicente, 2 anos, e da recém-nascida Martina, o programa traz um bate-papo descontraído sobre a criação dos filhos e os desafios da maternidade, com episódios semanais, que podem ser ouvidos no Globoplay e também em outras plataformas de áudio, como Spotify.
Entre os temas já abordados, estão maternidade e carreira, como lidar com o choro, filhos antirracistas e a figura paterna. Um dos episódios mais recentes tem tudo a ver com o momento em que vivemos. Em “Damos demais e nos damos de menos”, as jornalistas levantam questões que rendem boas reflexões: “Você se diverte de verdade fazendo o quê?”, “Desaprendeu a se divertir?”, ou ainda “Sente saudade da pessoa que era antes do bebê chegar?”.
Todos os episódios têm convidados especiais. Recentemente, participaram do programa a terapeuta floral Vivian Ferraroni, mãe de duas meninas, que já morou em seis diferentes países com a família, e a atriz Flávia Reis, mãe de Cecília, 4 anos, que lembra os perrengues de amamentar a filha nos bastidores do teatro.
As ouvintes também participam, dando depoimentos sobre temas diversos. “No dia em que eu sumir” trouxe depoimentos de mães quanto ao que fariam se tivessem tempo para o autocuidado, e as respostas foram das mais variadas, desde não fazer nada até ir para o samba ou tomar um banho sem ninguém bater na porta.
Em entrevista ao Canguru News, Karina conta que neste domingo das mães vai passar o dia… trabalhando. “Estarei de plantão até o meio da tarde, mas depois vou voltar correndo para ficar com a minha filha. O maridão vai pensar no almoço, mesmo que o meu seja bem tarde. Quanto à minha mãe, vou passar mais um ano longe. Ela é do grupo de risco e tomou a primeira dose da vacina nesta semana”, explica. Como já sabemos, o dia das mães não está fácil para ninguém, principalmente nesta pandemia. A seguir, confira os principais trechos da entrevista feita com Karina.
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Canguru News – Além de viver a maternidade no dia a dia, você apresenta um programa com essa mesma temática. Você se diverte com esse trabalho?
Karina Godoy – Desde que a minha pequena nasceu, a maternidade tornou-se o assunto que eu mais gosto de falar. A gente tem “pauta” todos os dias, e os temas vão surgindo dessa forma. Em conversas com a Nat e outra amigas, anoto quando vem uma frase que pode virar um tema. A gente tem a missão de trazer assuntos que não são tão debatidos, pois a ideia é sair do óbvio e provocar o público, mesmo. Depois desse primeiro passo, a gente faz uma peneira bem criteriosa para escolher os entrevistados. Como estamos inseridas nesse universo da maternidade, já seguimos muita gente legal nas redes sociais e ali partimos para o contato.
Canguru – Vocês já têm a receita para as mães não enlouquecerem na pandemia?
Karina – Não tem mágica, mas respirar fundo e respeitar seus limites pode ser um bom começo. Sabe quando você está cansada? Diga que está cansada, peça ajuda! Eu adoro a Mulher Maravilha, mas já entendi que não temos superpoderes e podemos falhar em algum momento. Aproveitando para fazer o meu “jabá”, tem um episódio chamado “Damos Demais e Nos Damos de Menos” que diz muito sobre isso. E no fim tem uma surpresinha para as mamães, mas é preciso ouvir para saber…
Canguru – Poderiam antecipar alguns dos temas previstos para os próximos podcasts?
Karina – Estamos quase no final da primeira temporada. Então, vai um “spoiler” do próximo episódio: é sobre um assunto que quase não se ouve, como se fosse invisível, mas elas estão aí e são muitas: mãe solo! Eu confesso que aprendi muito com essa conversa. Espero que vocês gostem também.
Canguru – Sobre o formato do programa, por que decidiram apostar no podcast?
Esse formato é um dos mais viáveis para pais e mães, porque você consegue fazer outras coisas enquanto escuta. Tem coisa melhor para quem está sempre ocupado? Ah, e é gratuito! O retorno dos ouvintes tem sido incrível! O feedback é sempre imediato, e eles se sentem parte das nossas conversas: choram, dão risada, e depois dividem isso com a gente por mensagens contando que se enxergaram ou viveram tais situações.
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