Uma pesquisa feita com 591 escolas particulares de todo o estado de São Paulo revelou que 86% delas não apresnetaram nenhum caso de contaminação por covid-19 entre os alunos. Já entre os professores, o percentual de colégios que não relataram infecções foi de 73%.O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) e pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado (Sieeesp) para avaliar o volume de infectados pelo coronavírus nas escolas.
Em São Paulo, as instituições foram fechadas em março para conter a propagação do coronavírus. Em setembro, alguns municípios do interior que tinham uma situação estável em relação a casos e contágio pelo vírus começaram a reabrir. Na capital paulista, foi autorizada a retomada das aulas presenciais em outubro para todas as etapas de ensino, mas apenas para atividades extracurriculares. Em novembro, foi liberada a volta das aulas regulares para o ensino médio.
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Mesmo escolas que tiveram casos, transmissão foi contida e não passou para outros alunos
Nas situações em que foi confirmado o primeiro caso nas escolas, 99% disseram que não houve contaminação para outro membro da classe e 44% informaram que ocorreram infecções na casa do aluno ou do funcionário contaminado.
Nos casos de infecção, 40% dos colégios optaram por suspender o aluno infectado por 14 dias, 38% suspenderam toda a classe e a minoria (17%) suspendeu todas as atividades presenciais. Ao Estadão, o presidente da Abepar, Arthur Fonseca Filho, disse ser importante notar que além de serem poucos os casos, eles ficaram controlados, não se espalharam pelas escolas. A entidade representa 24 escolas de elite, que incluem instituições como Bandeirantes, Santa Cruz, Pentágono e Oswald de Andrade.
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A Secretaria Estadual da Educação recebeu a pesquisa e estuda como ela pode ser considerada na abertura. O secretário estadual da Educação Rossieli Soares teve uma reunião com os representantes das escolas. Na semana passada, ele afirmou que é preciso avaliar com cautela casos de contaminação nos colégios para evitar atribuir “culpa que não é da escola”. Segundo ele disse ao Estadão, há relatos de festas entre os estudantes, fora do ambiente escolar, que contribuem com a contaminação.
“Sabemos que não é possível voltar integralmente, com todos os alunos, mas é um absurdo o que estão fazendo com as nossas crianças ao não permitir que as escolas sejam abertas”, diz o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva. Segundo ele, as instituições, para atuar com segurança, poderiam receber no máximo 50% dos estudantes. Hoje, na capital, apenas 20% dos alunos podem frequentar a escola por dia.
Entre as escolas ouvidas pela pesquisa do sindicato, 43% indicaram que pretendem atuar com aulas presenciais no ano de 2021 e 32% apontaram a preferência pelo ensino à distância.
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