[ATENÇÃO] Esse artigo contém verdades sobre o que é ser PAI, caso não esteja preparado(a), por favor, não prossiga.
Muitas pessoas ressaltam o termo “Paternidade Ativa”, por muitos anos também levantei a bandeira do termo, pois queria ser um pai diferente do que meu pai foi na minha criação, muito mais participativo, muito mais conectado e muito mais carinhoso.
Adorava quando as pessoas me diziam que eu era um paizão e que cuidava bem da minha filha, mas com o tempo fui percebendo o quanto isso só colocava meu ego masculino para cima e jogava para baixo os mesmos cuidados que minha companheira tinha com a criação da nossa filha, simplesmente porque eu sou pai e ela é mãe, afinal você nunca ouviu falar do termo “maternidade ativa”.
A sociedade brasileira ainda é baseada na cultura patriarcal, onde o título de provedor da família ainda está no ombro do homem e o cuidado com os filhos fica com a mulher. Então, quando a sociedade encontra um homem que divide esses cuidados com sua companheira, esse homem ganha um título de paizão enquanto a mulher não ganha nada.
A verdade é que em toda nossa história crescemos com exemplos de homens que não se responsabilizavam pelos cuidados e criação dos filhos, então nosso termômetro de paternidade real está lá embaixo.
A paternidade é cuidado, é responsabilidade, é dedicação, é acolhimento, é proteção, enfim…
A paternidade é, ou deveria ser também tudo que a maternidade representa, afinal os cuidados com a criança devem ser responsabilidade das duas partes.
Para terminar, neste Dias dos Pais gostaria de dar os meus parabéns aos homens que entendem que a paternidade não é um sistema onde você ganha estrelinhas (elogios) simplesmente por fazer o papel de pai.
Feliz dia dos pais conscientes.
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