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Os caminhos de Juarez Machado
Muitos pais e avós que estão lendo esta coluna devem se lembrar do quadro semanal que Juarez Machado tinha no Fantástico, nos anos 1970. Era uma mistura de mímica, pantomima e desenho, uma verdadeira performance, cheia de humor e poesia, sem uma única palavra. Quem procurar no YouTube encontrará alguns desses episódios. O que talvez nem todos se lembrem é que Juarez, desde aquela época, criava livros sem texto para crianças (e adultos dispostos a mergulhar no encantamento das imagens). Pois bem, a editora Miguilim, aqui de Belo Horizonte, acabou de lançar um novo livro de Juarez, Saída, e aproveitou para relançar a obra de estreia do artista, Domingo de Manhã.
Domingo de manhãComo é típico dos livros de Juarez Machado, Domingo de manhã nos leva a um passeio. Aqui o trajeto é feito dentro de um carro. De forma bem cinematográfica, o leitor assume o lugar do personagem/motorista e vê tudo o que ele vê. Na primeira “cena”, estamos dentro de uma garagem e, daí em diante, seguimos o percurso do carro. Primeiro atravessamos uma cidade cinzenta e sem graça. Algumas páginas depois, uma brecha de azul se anuncia. O carro sai da cidade e encontra a natureza, sol, chuva, arco-íris. Aonde aquele personagem nos leva? Vai ser perder no caminho? Quem ele vai encontrar? São surpresas que esperam o leitor deste livro de 1976, relançado em edição supercaprichada. |
SaídaEm Saída, acompanhamos o personagem em seu caminho a pé. No início ele topa com um embrulho de presente, dentro do qual encontra uma chave. A partir daí, entram em cena vários tipos de portas e saídas, uma atrás da outra, lembrando, um pouco, a famosa cena inicial do seriado Agente 86. Novos objetos e enigmas vão surgindo a cada página, até que uma última saída, inesperada, se revela para nós. |

SOBRE O AUTOR: Juarez Machado, paranaense de Joinville, é um dos principais artistas plásticos brasileiros, reconhecido internacionalmente. Com múltiplos talentos, trabalha com pintura, escultura, fotografia, design, charge, caricatura e cenografia, além da mímica. Suas telas e cores inspiraram o visual do filme francês O fabuloso destino de Amélie Poulain, de 2001.
Leo Cunha é escritor e publicou mais de 50 livros, como Vira-lata (Ed. FTD) e ABCenário (Ed.Autêntica). Recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Jabuti, Nestlé e João-de-Barro. Na Canguru, dá dicas de livros para crianças.
leocunha@cangurubh.com.br
Canguru News
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