Não serve mais? Que tal vender na internet?

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    Sites de bazar são uma boa opção tanto para mães que buscam economizar quanto para as que querem ganhar um dinheiro extra
     
    POR Cristiane Miranda
     
    A artesã Marcela Bastos e o pequeno Miguel Tito, de 3 anos: mercadorias embaladas e com um sabonete em forma de pato
    A artesã Marcela Bastos e o pequeno Miguel Tito, de 3 anos: mercadorias embaladas e com um sabonete em forma de pato

    Aquele body novinho que o bebê ganhou logo ao nascer mas nunca usou, ou o sapato que só entrou no pé do garotinho duas vezes. Qual mãe nunca se viu em alguma dessas situações? A dúvida que fica é: doar, deixar para o irmãozinho planejado (quando a família deseja mais um rebento) ou ver o guarda-roupa cheio de lindas roupinhas, sem nenhuma utilidade? Uma boa opção para resolver esse dilema são os sites de bazar, nos quais mães e pais podem vender e comprar produtos em bom estado.

    Quem vende recupera parte do que gastou e libera espaço em casa. Quem compra economiza adquirindo com desconto produtos quase novos ou nunca usados”, explica o publicitário Alexandre Fischer, fundador do site Ficou Pequeno, um dos endereços especializados nesse comércio (veja algumas opções no quadro). A ideia de criar uma plataforma que reunisse diversas lojas de pais nasceu quando Alexandre visitou sua irmã Eduarda. Mãe das gêmeas Clara e Julia, de 5 anos, ela tinha um armário cheio de roupas que não serviam mais nas meninas. Eram apenas as peças das sobrinhas que estavam à venda quando o Ficou Pequeno foi lançado, em 2013. Mas não demorou para receber mais adesões. “Na primeira semana já havia mais de vinte lojinhas e, em um mês, eram mais de 100”, lembra Alexandre. Hoje são 2800 lojinhas de todo o Brasil e mais de 50 000 produtos disponíveis.

    Moradora do bairro Anchieta, a artesã Marcela Bastos descobriu o Ficou Pequeno quando estava à procura de uma ocupação, logo após o nascimento de seu filho Miguel Tito, atualmente com 3 anos. “Assim que o Miguel nasceu, queria voltar a mexer com artesanato e numa dessas buscas na web conheci o site”, conta. Em dezembro de 2013, Marcela criou a Lá Vem o Pato, sua lojinha virtual dentro do Ficou Pequeno. “Além de vender, já comprei várias coisas para o meu filho, pois creio que essa é uma maneira de consumirmos com consciência, de forma sustentável.” A artesã já se desfez de dois carrinhos de bebê e uma cadeirinha de alimentação. Todas as mercadorias da Lá Vem o Pato são entregues embaladas, cheirando a novinho e com um mimo: sabonetinhos em forma de pato.

    Como funciona?

    O fundador do Ficou Pequeno explica que mamães, papais, vovós e titios podem cadastrar os produtos que desejam vender, pelo preço que bem entenderem, sem nenhum custo. “Quando alguém compra uma mercadoria, o vendedor é responsável pelo seu envio e o Ficou Pequeno recebe uma comissão”, diz Alexandre. Todo mês, pelo menos 5 000 produtos encontram um novo lar no Ficou Pequeno. A administradora de empresas Marta Soares, do bairro Santa Amélia, também tem optado por comprar e vender as roupas do filho Enzo Gabriel, de 1 ano e 5 meses, pelas plataformas virtuais. “Fiz um teste para ver como seria, se a roupa estaria em bom estado”, afirma. “Depois disso, não parei mais.” A sua lojinha virtual é a Ficou Pequeno no Enzo, mas Marta confessa que é mais consumidora do que vendedora.

    Outro site que também faz sucesso é o Retroca. Quem tem interesse em colocar as roupinhas dos filhos à venda precisa primeiro selecionar no mínimo vinte peças em bom estado e enviá-las para o Retroca, que paga o frete. É a plataforma que faz a triagem do que será colocado à venda e precifica os produtos. De acordo com Andréia Cha, diretora de marketing e cofundadora do site juntamente com Caio Sagae e Pedro Roni, a ideia é servir de curadoria para facilitar a vida das mães. “O que for reprovado pode ser doado ou retirado”, explica. O Retroca coloca à venda produtos para recém-nascidos e crianças até 12 anos. Recebe peças das regiões Sul e Sudeste do Brasil e vendeu, apenas em 2015, 30 000 unidades. Desde o início das operações, em julho de 2013, cerca de 4,5 toneladas de roupas foram comercializadas e mais de 15 000 peças tiveram como destino a doação para instituições parceiras.

     

    Onde comprar e vender

    ›› FICOU PEQUENO: www.ficoupequeno.com.br.

    ›› RETROCA: www.retroca.com.br.

    ›› ENJOEI: www.enjoei.com.br (vende para crianças e adultos).

    ›› SANTO BAÚ — BRECHÓ E OUTLET INFANTIL: www.santobau.com.br.

     

     

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