Saiba quais são os tipos de livros mais indicados segundo a faixa etária

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    A leitura é um gosto que, normalmente, se adquire cedo. Se há uma apresentação do universo literário ao indivíduo desde criança, mesmo que ele não saiba ler, a probabilidade de a leitura se tornar frequente e prazerosa no futuro é muito maior. A realidade atual do país não mostra um quadro muito favorável nesse sentido. Segundo uma pesquisa da Fecomércio RJ, divulgada em 2015, 70% dos brasileiros não leram sequer um livro em 2014. Daí surge a questão: o que falta para despertar o gosto e o interesse pela leitura?

    Pâmela Bastos Machado, bibliotecária do Colégio Batista Mineiro, conta que é ideal que os pais estimulem o interesse por histórias desde que o bebê ainda está na barriga da mãe. “Há estudos que comprovam que a criança escuta a voz da mãe e daqueles que estão próximos à barriga a partir do quinto mês de gestação. São os primeiros contatos da criança com a literatura através da oralidade. O gosto pela leitura começa a ser plantado no bebê nestes momentos, enquanto escuta a voz dos pais”, explica a especialista.

    Para incentivar o gosto pela leitura, também é importante que a criança seja estimulada tanto em casa, pelos pais, quanto na escola. Para a empresária Thaisa Teles, sócia da Livraria Leitura Pátio Savassi, sem dúvida, a participação dos pais nesse processo é fundamental. “Incentivar uma criança a ler pode envolver toda a família, pois, assim como funciona bem com os brinquedos pedagógicos no desenvolvimento infantil, presentear uma criança com livros é a opção certa para despertar na infância o interesse de ler aquela historinha”, afirma.

    Na escola, há um ambiente bastante propício para o incentivo à leitura, já que ela oferece modos de ler diferentes daqueles experimentados junto aos pais. A interação com colegas e professores estimula os pequenos a se comunicarem e refletirem, cada um a seu modo, junto aos colegas, sobre suas experiências literárias.

    No Colégio Batista Mineiro, onde Pâmela trabalha, uma série de iniciativas é utilizada para trabalhar a leitura, como contação de histórias nas bibliotecas, oficinas de leituras com atividades que incentivam a imaginação e a produção criativa dos alunos a partir das obras lidas, rodas na biblioteca para debates sobre os livros lidos em sala, clube do livro, bate-papo sobre livros escolhidos pelos próprios alunos e Saraus Literários.

    “Acredito que, trabalhando desta forma, nós, profissionais da educação, teremos leitores interessados nas leituras orientadas em sala de aula na fase da adolescência. É certo que, para incentivar, os educadores precisam também ser bons leitores, pois serão um dos referenciais para os pequenos leitores e devem estar atentos e sensíveis para a possibilidade de suas práticas e discursos influenciarem significativamente a vida das crianças”, afirma Pâmela Machado.

    Apesar de a escola ter um papel fundamental na formação de leitores, é importante não se esquecer de que os pais também precisam incentivar o desenvolvimento da relação entre as crianças e os livros. A escola funciona como mediadora, mas o papel principal nesse trabalho deve ser executado em casa.

    Vamos mergulhar nesse universo com nossos filhos?

    Pâmela Bastos Machado, bibliotecária do Colégio Batista Mineiro sugere alguns livros de acordo com a faixa etária da criança, veja:

    * 1 a 2 anos – são importante livrinhos cujo material possa ser levado à boca, os modos de manuseio podem começar a ser ensinados, mas é compreensível que ainda não serão utilizados por eles. Há alguns livros especiais que podem molhar e são lavados com facilidade, vale a pena investir nesses materiais. Estamos ainda trabalhando muito mais com o conhecimento da materialidade do livro pelo bebê, ainda que não seja exatamente o livro convencional, mas há páginas, ilustrações, história.

    * 3 a 5 anos – É importante que tenham acesso a livros de capa dura, com ilustrações e eu sempre indico os clássicos da literatura infantil para iniciá-los no mundo da leitura, com adaptações dos contos de Andersen, Perrault, Os Irmãos Grimm, por exemplo. Indico ainda dois títulos: “Tatu-balão”, de Sônia Barros e “Sua mãe”, de Ana Elisa Ribeiro.

    * 6 a 8 anos – “Meu pai é uma figura”, de Rosana Montalverne; “Quando eu era pequena”, de Adélia Prado e “A formiguinha e a neve”, adaptado por João de Barro.

    * 9 a 12 anos – Todos os títulos do Monteiro Lobato; “Naquele Verão”, de Jutta Ritcher; todos os títulos da Coleção Vaga-Lume.

    * 13 a 15 anos – Vou citar escritores contemporâneos que venho admirando nos últimos anos: “O fazedor de velhos”, de Rodrigo Lacerda; “A mocinha do Mercado Central”, de Stella Maris Rezende, “Patos Selvagens” de Samuel Medina; “O e-mail da Caminha”, de Ana Elisa Ribeiro.

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