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Jogos e livros podem ser usados para desenvolver habilidades nas crianças
Os jogos e os livros infantis possuem funções que vão muito além de entreter as crianças, eles podem ser grandes aliados na hora de educar os pequenos. A neuropisicóloga, psicóloga infantil e coach, Iara Mastine, falou sobre o assunto na palestra “O papel dos livros e dos jogos na educação parental” durante o Parenting Brasil – 1º Congresso Internacional de Educação Parental.
Segundo a profissional, eles podem ser usados como recursos terapêuticos, que vão auxiliar no dia a dia, na comunicação, na passagem de valores e, até mesmo, na melhora da conexão entre os pais e os filhos. Iara explica que “os recursos terapêuticos podem ser atividades, objetos e técnicas”. Eles servem para trazer novas habilidades para o indivíduo, ensinando-o conceitos que não sabe. Além disso, também pode servir para reabilitação de traumas e dessensibilização, tornando possível se reaproximar de estímulos que podem ter deixado a criança traumatizada.
Por exemplo, um recurso como os jogos pode ser usado com o objetivo de ampliar os princípios educativos, psicoeducativos e socioemocionais, colaborando para que a criança aprenda a esperar sua vez, saiba lidar com a frustração da perda e também conheça a cooperação em grupos. Além disso, até mesmo as telas podem fazer parte desses recursos. Se usados com moderação, celulares, tablets e computadores conquistam a atenção das crianças e facilitam o engajamento das mesmas em atividades e ensinamentos.
Caminho com objetivo
A psicóloga infantil reforça que os recursos são apenas um caminho para que os filhos possam desenvolver alguma habilidade, mas que eles não são a capacidade em si, somente uma ponte para construí-la. E como todo o caminho, os recursos também precisam de um destino, uma intenção que mova os pais a utilizar jogos e livros com as crianças.
“Você tem que saber a sua intenção e quais as habilidades que quer que seu filho desenvolva”, explica a neuropsicóloga Iara Mastine. Ela também alerta que os pais precisam estar preparados para caso as crianças não desenvolvam aquela competência. “A criança possui carga genética, carga genética emocional e o que ela vivencia no dia a dia dela”, comenta Iara. Todos esses fatores influenciam o desenvolvimento ou não da habilidade.
O começo é com você
Iara Mastine relata que para encontrar qual capacidade você deseja que a criança desenvolva, é preciso que você reflita sobre algumas questões:
- Quem você quer ser na relação com o seu filho?
- Como você quer que seu filho te descreva quando for adulto?
- Como você quer que seu filho descreva a sua família quando for adulto?
Esses questionamentos fazem com que os pais encontrem um caminho para educar os filhos com leveza e autoreflexão, ensinando-os valores e como lidar com seus próprios sentimentos. Ela reforça que para criar conexão com as crianças é preciso criatividade e coerencia, além de uma dose de autoconhecimento, afinal, é preciso saber seus próprios princípios para depois passá-los para os pequenos.
Leia também: Aluguel de jogos de tabuleiro – uma boa opção para divertir e ensinar habilidades às crianças
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Michele Custódio
Jornalista formada pela Unesp, tem experiência na redação de temas como Saúde, Ciência e Cultura. Atualmente, pesquisa sobre Educomunicação, Marketing e Acessibilidade.
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