Quer fazer um investimento para seu filho? Invista no seu futuro!

Objetivos de curto e médio prazo são importantes, mas é preciso haver um equilíbrio e fazer também uma reserva financeira para a aposentadoria

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Quer fazer um investimento para seu filho? Invista no seu futuro!; moedas, lupa, caneta, papeis e calculadora sobre mesa
Com as mudanças nas configurações familiares, dividir os gastos dos cuidados dos pais pode onerar o orçamento dos filhos
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Em todas as palestras que eu faço para pais e mães, ao final, sempre sou procurado para responder uma dúvida: qual seria o melhor investimento a ser feito para que os filhos pudessem utilizar o dinheiro no futuro.

A minha resposta sempre é a mesma: o melhor investimento que você pode fazer para o futuro dos seus filhos é investir no seu futuro, para que no futuro cuidar de você não seja uma carga que ele não irá conseguir suportar. A resposta é dura, mas importante para trazer a tona uma reflexão fundamental.

Estamos vivendo cada vez mais. A expectativa de vida em nosso país cresceu bastante nos últimos anos. Por outro lado a previdência social enfrenta enormes desafios. A idade para aposentadoria tende a crescer ainda mais e os valores das pensões a diminuir. Este foi o centro da última reforma e será o centro das próximas.

E infelizmente a lógica dos orçamentos domésticos não tem respeitado esta questão. Na maior parte das vezes, quando há uma sobra, ela acaba sendo destinada para algum sonho de curto ou médio prazo da família. É a viagem dos sonhos, a compra do videogame de última geração ou a festa de quinze anos da filha. E quando eu pergunto para pais e mães sobre o futuro, a resposta é bem parecida. Dizem que irão cuidar disso mais para frente. Mas será mesmo? E se o futuro chegar antes?

É claro que os objetivos de curto e médio prazo são importantes. Mas é preciso haver um equilíbrio. Também é necessário guardar dinheiro pensando no futuro.

Antigamente havia uma saída. As famílias eram numerosas. Seis, sete ou oito filhos. Assim era mais fácil ter algum dos filhos mais próximos dos pais e com disposição para cuidar dos mesmos. E se fosse necessário dividir despesas, o valor dividido por sete, por exemplo, ficava menor para cada um.

E como são as famílias hoje? Acredito que a minha esteja no padrão. Dois filhos. Será muito provável que eles façam a vida longe de mim e da minha esposa. E se tiverem que dividir nossas despesas, o valor dividido por dois ficará mais alto para cada um deles.

E você já tinha pensado nisso?


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Carlos Eduardo Costa
Carlos Eduardo Freitas Costa é pai de Maria Eduarda e do João Pedro. Tem formação em ciências econômicas pela UFMG, especialização em marketing e em finanças empresariais e mestrado em administração. É autor de diversos livros sobre educação financeira para adultos e crianças, entre os quais: 'No trabalho do papai' e 'No supermercado', além da coleção 'Meu Dinheirinho'. Saiba mais em @meu.dinheiro

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