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Instagram anuncia versão para crianças até 13 anos de idade
O Instagram está desenvolvendo uma versão da rede social para o público infanto-juvenil, segundo divulgou o portal de notícias americano BuzzFeed News na quinta-feira (18), informação que foi confirmada pelo diretor da plataforma, Adam Mosseri, por meio de seu Twitter.
O anúncio deve gerar polêmica entre pais e educadores, que se dividem entre os que apoiam a inserção das crianças cada vez mais cedo no mundo digital e os que se mostram contra tal medida. Na prática, porém, muitas crianças já possuem perfis no Instagram, criado e alimentado pelos próprios pais. A diferença é que agora elas poderão ter sua própria conta, desde que sob supervisão de um adulto, informa a rede social.
O BuzzFeed obteve um anúncio interno do Instagram em que o vice-presidente de produto da rede, Vishal Shah, afirma que a companhia identificou o “pilar juvenil” como prioridade. Atualmente, a lei estabelece que, se uma empresa tem conhecimento que um usuário é menor de 13 anos, é obrigada a adquirir consentimento dos responsáveis ou deletar as informações pessoais. Como o aplicativo é muito popular entre o público mais jovem, o Instagram viu nas crianças dessa faixa etária uma oportunidade de crescer ainda mais.
Leia também: Afinal, para que servem as redes sociais?
Mosseri, em entrevista para o BuzzFeed, afirmou que o objetivo é que a versão da rede seja controlada pelos pais. A ideia surgiu do Messenger Kids, do Facebook, criado em 2017 e duramente criticado por especialistas. Mosseri afirmou que o produto ainda está no início de seu desenvolvimento e a empresa ainda não tem um “plano detalhado”. O Instagram postou uma publicação esta semana sobre segurança para menores de idade na plataforma, mas não há nada sobre crianças menores de 13 anos.
De acordo com a notícia do BuzzFeed, para a pesquisadora Priya Kumar da Universidade de Maryland, que estuda como as mídias sociais afetam as famílias, a criação de uma alternativa infanto-juvenil não é suficiente para afastar os pequenos da outra versão. “O fato de existir uma plataforma para crianças não significa que elas vão ficar lá”, aponta a pesquisadora.
Leia também: 5 razões que explicam por que as redes sociais fazem mal às crianças
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Amanda Nunes Moraes
Estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero apaixonada por escrever e contar histórias. Sempre viveu imersa no mundo das artes, é muito curiosa e adora o universo da educação.
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