O primeiro empreendedor surgiu no momento em que um indivíduo da nossa espécie usou a sua criatividade para identificar e resolver problemas através da inovação, e com isso melhorar a sua relação com a natureza e com os pares. A capacidade empreendedora é uma manifestação natural do ser humano e acontece nas artes, nas ciências, nos governos, na política e também nas empresas. Eticamente significa transformar algo com o objetivo de gerar coisas boas para a coletividade.
Empreendedorismo é um valor cultural, uma forma de ser de um determinado grupo social e se propaga por meio do contágio social. Funciona assim: todos os indivíduos da espécie humana nascem com o potencial empreendedor, o qual pode ser inibido ou estimulado tal qual outros potenciais como escrever, ler, calcular.
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Historicamente, o potencial empreendedor tem sido desenvolvido fora da escola e somente há quatro décadas a academia começou a se interessar pelo tema. Há regiões em que o empreendedor é valorizado positivamente e apoiado pela sociedade. Nessas regiões as famílias estimulam os filhos a empreender.
No entanto há países como o Brasil em que a sociedade, a escola e a família criam obstáculos para se empreender, inibindo a criatividade dos jovens e limitando o desenvolvimento social e o crescimento econômico. A educação no Brasil, da pré-escola à universidade não estimula as crianças a se tornarem empreendedoras e não tem como alvo desenvolver o maior patrimônio das pessoas: paixão, talento e criatividade – única forma de mobilizar a imensa energia que existe em cada ser humano.
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*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.
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