Bebê nasce de embrião congelado há 27 anos nos Estados Unidos

Pais da criança lutaram contra a infertilidade por quase cinco anos até descobrir ser possível utilizar embriões congelados de outras pessoas

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Embriões congelados permitem que casais com dificuldade para engravidar possam ter filhos; na foto, Molly é fruto de um embrião congelado há 27 anos
Molly Gibson nasceu de um embrião congelado há 27 anos nos Estados Unidos | Foto: Cortesia National Embryo Donation Center
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Molly Gibson seria só mais uma bebê americana, recém-nascida, não fosse o fato de que ela foi fruto de um embrião congelado 27 anos atrás. O nascimento representa um novo recorde de tempo para embriões congelados, que até então era de 24 anos e pertencia à irmã mais velha de Molly, Emma Gibson, nascida em 2017, hoje com 3 anos de idade. 

Os pais das crianças, Tina, uma professora do ensino fundamental, e seu marido, Bem Gibson, analista de segurança cibernética, lutaram contra a infertilidade por quase cinco anos até que souberam, por meio dos pais de Tina, da possibilidade de adoção de embriões congelados em uma rádio de notícias local. A família vive no estado de Tennessee, sul dos Estados Unidos, “Essa é a única razão pela qual compartilhamos nossa história. Se meus pais não tivessem visto isso no noticiário, não estaríamos aqui”, diz Tina, de 29 anos. “Eu sinto que devemos completar um ciclo.”

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De acordo com o Jornal Metro UK, os embriões de Molly e Emma foram congelados juntos em outubro de 1992. “Quando Tina e Ben voltaram para fazer a transferência, fiquei emocionada que os dois embriões restantes do doador que resultou no nascimento de Emma sobreviveram ao degelo e se desenvolveram em dois embriões de boa qualidade para a transferência”, contou a embriologista Carol Sommerfelt, responsável por descongelar o embrião de Molly. “Isso definitivamente se reflete na tecnologia usada há tantos anos e em sua capacidade de preservar os embriões para uso futuro por um período indefinido”, complementou Carol.

Clínicas de armazenamento de embriões congelados

Quando enfrentava dificuldade para engravidar, o casal procurou o National Embryo Donation Center (NEDC), uma organização sem fins lucrativos cristã em Knoxville, no Tennessee. A entidade armazena embriões congelados, que foram descartados e doados por pacientes de fertilização in vitro. Dessa forma, famílias como os Gibson podem adotar embriões não utilizados e ter filhos que não são geneticamente ligados aos pais. Existem, hoje, um milhão de embriões humanos congelados armazenados nos EUA, de acordo com o NEDC, informa reportagem da BBC News, em Washington.

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