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Dor de cabeça nas crianças: saiba as 4 causas mais comuns
A dor de cabeça é uma das queixas mais frequentes dos adultos nos consultórios médicos. E entre as crianças elas também são comuns. A prevalência da enxaqueca infantil varia de 3,2% a 10,6% e estima-se que 85% das crianças entre 5 e 12 anos terão cefaleia ao menos uma vez na vida. Embora os pequenos apresentem os mesmos tipos de dor de cabeça que os adultos, as queixas são diferentes, principalmente, nas crianças mais novas, e não devem ser ignoradas.
“As pessoas falam que as crianças fazem manha, que elas só têm dor de cabeça na hora que vão comer ou fazer lição. Minha dica é: sempre acredite no seu filho, investigue”, diz a pediatra e neurologista infantil Gladys Arnez, responsável pela Neurocenterkids em São Paulo.
A cefaleia pode aparecer como uma simples dor de cabeça, sem apresentar nenhum sinal adicional, mas também pode surgir com sintomas como sensibilidade à claridade e aos odores e até náuseas, o que caracteriza uma enxaqueca.
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Entenda os tipos de dor de cabeça
Segundo a neurologista, existem as cefaleias primarias e as secundárias:
A dor de cabeça primária não tem uma causa bem definida e costuma ser do tipo tensional, que é mais leve, seguida pela enxaqueca. Essa cefaleias geralmente tem uma influência genética e por isso é importante dar atenção às reclamações dos filhos para, se preciso, buscar atendimento médico e o tratamento adequado.
A dor de cabeça secundária tem origem em quadros infecciosos, como por exemplo uma amigdalite ou sinusite, que nem sempre está acompanhada de febre e é causada pela congestão da face. Outra possibilidade é que seja um sintoma de meningite ou algum outro quadro infeccioso, ou ainda fruto de algum trauma ou queda.
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Como identificar a dor nas crianças
Para saber qual a intensidade da dor de cabeça da criança, uma dica é observar se ela produz algum impacto na rotina. “Os bebês e as crianças menores ainda não saberão descrever se o incômodo está fraco ou forte. Por isso, é importante notar se eles param de brincar quando reclamam da dor. Caso interrompam a atividade, procure o pediatra”, orienta Gladys. Ela diz que em alguns casos, analgésicos podem ser utilizados para aliviar o incômodo de imediato, desde que com orientação médica e frequência moderada.
No entanto, o principal é ficar atento ao comportamento do filho, para ser capaz de relatar ao médico exatamente como é a dor, que horas ela costuma surgir e quais suas características. A seguir, a neurologista indica as causas mais comuns da cefaleia em crianças e o que fazer para evitá-las.
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4 fatores que podem provocar dor de cabeça nas crianças – e como evitá-los
1 – PULAR REFEIÇÕES
Longos intervalos fazem o índice glicêmico diminuir e como o cérebro precisa do oxigênio e da glicose, o metabolismo fica alterado, fazendo surgir a dor. Nesse caso, basta comer corretamente para que a dor pare. Ter uma rotina definida, com pequenas porções saudáveis de alimento a cada 3 horas, é a melhor forma de prevenção.
2 – DORMIR POUCO
É importante que seu filho também tenha rotina para dormir e acordar, porque a fadiga cerebral também ocasiona dores de cabeça.
3 – PROBLEMAS DE VISÃO
Se o seu filho se queixa de dor de cabeça, ele pode, mesmo sem saber, estar com dificuldade para enxergar. Os músculos que movimentam os olhos estão no osso da cabeça – se são muito exigidos, podem desencadear o desconforto. É preciso consultar um oftalmologista.
4 – RANGER OS DENTES
Problemas na articulação da mandíbula, como o bruxismo, podem fazer com que a criança tenha dor de cabeça. Em geral, é um tipo de desconforto que aparece pela manhã, já que ela contraiu a região durante o sono. O tratamento será com o dentista – o uso de uma placa que não deixa que os dentes se batam é a solução mais adotada.
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Verônica Fraidenraich
Editora da Canguru News, cobre educação há mais de dez anos e tem interesse especial pelas áreas de educação infantil e desenvolvimento na primeira infância. Tem um filho, Martim, sua paixão e fonte diária de inspiração e aprendizados.
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