HCor oferece atendimento gratuito para crianças com cardiopatia

Espaço proporciona melhora na qualidade de vida das crianças, beneficiando coordenação motora fina, esquema corporal, memória e concentração

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HCor oferece atendimentos gratuitos para crianças com cardiopatia; mãos de um adulto envolvem mãos de uma criança que tem um coração vermelho e do lado há um estetoscópio
No centro, as crianças com cardiopatia recebem atendimento de equipe multidisciplinar
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Crianças com cardiopatia podem receber assistência gratuita no Centro de Reabilitação Neurocognitiva e Física do Hospital do Coração, em São Paulo. Elas devem ser encaminhadas pela Coordenação de Regulação Municipal ou pelo próprio HCor, no caso de famílias atendidas no hospital e que receberam alta após o nascimento do bebê. 

As crianças recebem acompanhamento durante um ano, com direito a atendimento de neuropediatra, para identificar os principais pontos de comprometimento, além de avaliações psicológicas, de linguagem, psicopedagógicas e nutricionais. 

O trabalho é feito de maneira integrada, sendo definida uma estratégia de abordagem para cada criança. São oferecidas atividades individuais e em grupos, que promovem desenvolvimento motor, de linguagem e neurocognitivo, além de orientação quanto a alimentação dos pequenos pacientes e atendimento psicológico aos pais, para acolhê-los e orientá-los sobre os cuidados com o filho cardiopata. As crianças com cardiopatia maiores de quatro anos são submetidas à avaliação física e treinamento físico para reabilitação de sua capacidade cardiovascular, de acordo com a prescrição médica de exercício.

De acordo com Cristiane Ximenes, coordenadora médica da Unidade de Internação de Cardiologia Pediátrica e idealizadora do projeto de reabilitação, a intervenção com essas crianças resulta em diversos benefícios relacionados à coordenação motora fina, atenção, concentração, memória, linguagem e matemática.  

“Para se ter uma ideia, um levantamento recente do Centro mostrou que os níveis de atenção e concentração considerados inadequados no início dos atendimentos caíram de 87,5% para 17,5% nos pacientes acompanhados. Paralelo a isso, se no começo do tratamento dessas crianças tínhamos somente 33,3% delas preenchendo índices adequados de memória, ao final, observamos 86,7% com esse bom desempenho”, conta a cardiologista. 

Após um ano de acompanhamento, as crianças passam a ser monitoradas trimestralmente. Segundo a coordenadora, além dos impactos objetivos, dados subjetivos revelam melhora no desempenho escolar, na socialização e até na alegria da criança com cardiopatia. 

Depois da alta, a ideia é que as crianças não precisem mais dos atendimentos, uma vez que as famílias e a escola já estejam aptas ao cuidado e à estimulação adequada. De qualquer forma, a depender dos resultados no monitoramento e, principalmente, em casos nos quais o paciente passe por nova cirurgia, ele poderá retornar ao centro. 


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