Da Redação
Um menino de 3 anos e quatro meses faleceu no município de Osasco, região metropolitana de São Paulo, uma semana após aplicação da vacina contra febre amarela. O nome da criança não foi divulgado pela família. De acordo com o portal de notícias UOL, que ouviu os parentes, o pequeno foi vacinado dia 12, sexta-feira, e começou a apresentar sintomas como febre acima de 39° e ânsia de vômito dois dias após a aplicação.
Os pais retornaram ao hospital, porém exames laboratoriais não mostraram nenhuma alteração no garoto. Os sintomas se mantiveram e, entre os dias 16 e 18, a criança foi diagnosticada com infecção de garganta e leve comprometimento do pulmão. A morte aconteceu na sexta-feira, 19 de janeiro, em decorrência de uma parada cardíaca.
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De acordo com o relato dos familiares ao portal UOL, o laudo emitido após a morte da criança indicava “reação adversa à vacina contra febre amarela” como causa. O hospital, Maternidade Renascença Osasco, onde a criança foi atendida, afirma estar aguardando confirmação do Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram notificadas cinco mortes por suposta Doença Viscerotrópica pelo vírus vacinal: uma foi confirmada; uma, descartada e outras três estão em investigação. Todas as notificações são de moradores do município de São Paulo.
Vacina é recomendada e considerada segura
A SMS explica que a reação à vacina é rara e, de acordo com a literatura médica, pode atingir uma a cada 500 mil pessoas que tomaram a dose. A resposta negativa do organismo é causada por uma deficiência imunológica, que faz com que a pessoa, ao ser vacinada, acabe desenvolvendo a doença sem ter sido contaminada pelo mosquito transmissor.
Segundo a Associação Brasileira de Pediatria (SBP) a vacina contra febre amarela é, de maneira geral, bem tolerada. Especialistas afirmam que, a partir do terceiro ou quarto dia da vacinação, observa-se em aproximadamente 2% a 5% dos vacinados sinais como febre, dor de cabeça, dores musculares, entre outros sintomas.
“Eventos adversos graves como reações anafiláticas, doença viscerotrópica e doença neurológica, foram raramente associados à vacina. No Brasil, entre 2007 e 2012, foram relatados aproximadamente um evento adverso grave em cada 250 mil doses administradas. Nos Estados Unidos, entre 2000 e 2006, o sistema de vigilância de eventos adversos após vacinas (VAERS) identificou uma taxa de 4,7 eventos adversos graves para cada 100 mil doses de vacina distribuídas”, traz a síntese da SBP.
A orientação da SMS é de que moradores das regiões de risco, que ainda não receberam visitas dos Agentes de Saúde, devem procurar a UBS mais próxima para a retirada da senha. Confira aqui quais distritos recebem a campanha de vacinação contra febre amarela.