Fazer com que as crianças mudem a maneira como veem os alimentos, desde a produção até os efeitos no corpo, no entorno e no planeta. Essa é a proposta do Instituto Comida e Cultura (ICC), que acaba de lançar o projeto “Cozinhas & Infâncias”, um curso de formação para educadores de escolas públicas e privadas com foco na educação alimentar.
“Nosso propósito é inovar e instrumentalizar os professores e demais atores envolvidos no desenvolvimento integral das crianças, para reconectá-las ao alimento por meio de práticas culinárias e de um resgate lúdico da nossa história, cultura e biodiversidade”, conta a culinarista Bela Gil, uma das cinco mulheres idealizadoras e fundadoras do instituto. O grupo inclui também as educadoras Ariela Doctors, Juliana Furlaneto, Erika Fischer e Daniella Brochado.
Durante o primeiro semestre de 2022, os conteúdos do curso serão validados por professores de duas escolas de São Paulo – a EMEI Dona Leopoldina, da rede pública de ensino, e a Camino School, da rede privada– e por profissionais ligados à plataforma de educação Cloe. Ao longo das aulas, os participantes poderão co-criar atividades relacionadas ao tema da alimentação para aplicação prática junto aos estudantes.
“Para nós é um privilégio fazer parte deste programa, essencial para o desenvolvimento e formação dos profissionais da rede pública de ensino. Esperamos que ele possa se disseminar para todas escolas do Brasil”, afirma Marcia Covelo Harmbach, diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Dona Leopoldina, participante do programa.
O primeiro encontro presencial do curso acontenceu na segunda-feira (14) e contou com a presença de 45 pessoas de ambas as escolas, entre as quais, professores, nutricionistas, profissionais da coordenadoria de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação de São Paulo, familiares e membros de conselhos das instituições de ensino.
O projeto “Cozinhas e Infâncias” conta com a parceria do Instituto de Estudos Avançados (IEA) para avaliação dos resultados, com instrumentos desenvolvidos pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com o intuito de coletar dados que comprovem a eficácia do método e possibilitar a ampliação da proposta para mais escolas no Brasil.
LEIA TAMBÉM: