A produção de lixo na sua casa aumentou durante esta quarentena? A conta de energia veio mais alta que o comum? É bem capaz que sim. O confinamento da família em casa, 24 horas por dia, tem levado a um aumento no consumo de modo geral, incluindo energia, água, lixo, produtos de higiene e limpeza, alimentos e mesmo internet. Quanto coisa, não? Nada melhor do que aproveitar esse momento, portanto, para repensar os hábitos e promover o consumo consciente desses recursos que se tornaram essenciais no cotidiano das famílias. E as crianças não devem ficar de fora disso. Pelo contrário, se a conscientização começar desde cedo, os impactos negativos ao planeta só tendem a diminuir.
Felizmente, a preocupação com o meio ambiente se mostra cada vez maior na sociedade. Levantamento feito pelo Instituto Ipsos revelou que, para 85% dos brasileiros, problemas como degradação ambiental, poluição, desmatamento e mudanças climáticas representam uma séria ameaça à saúde e devem ser tratados como prioridade no plano de recuperação do país pós-pandemia. A pesquisa ouviu participantes de 16 países, sendo 1000 no Brasil.
Levando em conta que o planeta tem cerca de 7,7 bilhões de pessoas, não é exagero afirmar se cada um promover o consumo consciente e colaborar um pouquinho, o resultado final pode ser muito significativo. E isso começa dentro de casa: os pais servem de modelo para os filhos e devem dar o exemplo. Com a ajuda do Leiturinha, reunimos a seguir oito dicas para praticar o consumo consciente em família. Há três anos, o clube de leitura promove a campanha do “Pequeno Consciente” durante o mês de julho, para incentivar adultos e educadores a introduzir essa questão para as crianças de forma divertida e com impacto positivo. Confira abaixo as sugestões e coloque-as em prática!
8 dicas para praticar o consumo consciente em casa
1. Promova hábitos responsáveis e dê o exemplo às crianças
Por mais óbvio que pareça, muita gente não se preocupa em tomar certos cuidados em casa, como apagar as luzes de ambientes desocupados, não deixar a geladeira aberta por muito tempo e fechar a torneira de água enquanto se escova os dentes.
2. Compre somente o necessário
Comprar por impulso e fazer estoque de coisas ou alimentos pode ser prejudicial. Quanto mais adquirimos, mais jogamos fora e, assim, geramos mais lixo. O ideal é fazer pequenas aquisições pré-planejadas para um período específico. Por exemplo: montar o cardápio da semana e reabastecer a dispensa semanalmente, ao invés de mensalmente e, assim, evitar que os alimentos se estraguem por não serem consumidos.
3. Prefira produtos com embalagens simples ou retornáveis
Prefira embalagens tamanho família, que demorarão mais para serem consumidas, e itens com menos embrulhos, reduzindo assim a quantidade de lixo produzido. Se houver a opção de embalagem retornável, melhor. Evite usar as sacolas plásticas de supermercado, que demoram 450 anos para serem decompostas. Levar bolsas recicláveis de casa para as compras.
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4. Não desperdice partes dos alimentos
Talos, folhas, sementes e cascas podem ser reutilizados e têm grande valor nutritivo. Procure receitas na internet ou com os amigos e aproveite para variar o cardápio.
5. Separe corretamente o lixo para reciclagem
Embora a reciclagem tenha se tornado comum, é preciso saber como fazê-la. Para garantir que a coleta seja efetiva, é importante separar o lixo seco (embalagens, plástico, papéis, alumínio, vidro, etc.) do lixo orgânico (restos de comida, alimentos estragados, etc). Lembrando, porém, que o material reciclável não pode ter entrado em contato com contaminantes como óleos, graxas, cola, solventes e outros ou não poderá ser reaproveitado. Isso porque a remoção dos contaminantes dificulta e até impossibilita a reciclagem. A correta separação dos materiais é essencial para que o processo de reciclagem seja bem sucedido.
6. Incentive a criança a inventar seus próprios brinquedos
Produzir os próprios brinquedos ajuda a diminuir a produção de lixo e reduzir o uso de plásticos – um dos principais materiais utilizados para fabricação desses itens. Além disso, a produção em si do produto já é uma diversão para a criança e faz com que ela perceba o brinquedo de outra forma, já que participou de sua confecção.
7. Prefira doar a jogar no lixo
Brinquedos, móveis, livros, roupas e outras coisas que não são mais usadas, podem ser muito úteis a outras pessoas! As mães, no geral, já têm o hábito de compartilhar itens que não servem mais a seus filhos e, também, de aproveitar itens doados por outras pessoas. Mas, se esse não for o seu caso, brechós, sebos e entidades beneficentes são boas opções para realizar doações.
8. Plante uma horta em casa
Toda criança gosta de mexer com terra. Não é à toa que elas adoram quando as escolas promovem atividades com hortas. Em casa, também dá para criar um cantinho das plantas – e se elas puderem ser aproveitadas depois na culinária, melhor! A criança pode participar de todas as etapas do cultivo – escolher as sementes, pesquisar quais as melhores opções para cada época do ano, plantar, cuidar, ver brotar e colher. Depois, que tal pensar em uma receita que use o ingrediente plantado? O eBook “Horta Caseira: Aprenda como cultivar alimentos com as crianças” ensina as famílias a começar suas hortas.
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