O que é ser homem hoje? Será que é somente uma questão de gênero?
Um grande questionamento dos tempos modernos é entender como a nova masculinidade está se moldando.
Sim, ainda temos muitos vícios machistas herdados pela nossa ancestralidade e também pelo nosso comportamento social, sem falar nas milhares de travas emocionais que adquirimos ao longo de vários séculos.
Talvez a nossa geração (anos 70, 80 e 90) não consiga atingir o sucesso que desejamos, pois este caminho ainda é muito longo e estamos apenas despertando para entender quem é esse novo ser chamado “homem”.
Alguns dados de atitudes machistas que ainda permanecem em pleno século XXI:
- No mundo corporativo 37% dos homens ainda continuam ganhando mais do que as mulheres em cargos semelhantes.
- 78% dos homens ainda carregam o preconceito de que não podem ter “comportamentos femininos”, como chorar em público.
- Em uma balada, 48% dos homens acreditam que precisam dar em cima de uma mulher para provar que são homens.
- 60% não acreditam que falar sobre emoções ajuda a desenvolver a masculinidade.
Mas nem tudo está perdido, existe algo lindo e fantástico que está acelerando um pouco o processo de transformação desse novo “Ser Homem”: a conscientização da paternidade.
Muitos pais com quem converso, nas rodas de conversa promovidas pelo grupo Paternidade Criativa, relatam como a paternidade mudou o modo de entender a própria origem e lhes deu a oportunidade de abraçar essa grande transformação.
Mas o que realmente é essa transformação?
Seguem alguns dados de transformação masculina gerados pela conscientização da paternidade:
Muitos pais se preocupam com a criação dos seus filhos e filhas, mas analisando toda minha jornada no universo paterno, acredito que no fundo eles sentem muito medo de que seus filhos e filhas repliquem ou sejam vítimas de comportamentos machistas e opressores que lhes foram herdados ou condicionados.
Como comentei no início, estamos apenas acordando, mas já é um passo para entendermos que podemos e devemos contribuir com essa transformação.
Talvez eu não viva para ver um futuro sem o machismo, mas com certeza minha filha vai lembrar que o pai dela se esforçou muito para criar um futuro com mais igualdade e equidade para todos.
*Todos os dados aqui citados foram extraídos do documentário O Silêncio do Homens.