Conflito é sinônimo de agitação, bagunça, briga, alvoroço, desordem. E isso tudo é muito comum na infância porque as crianças ainda não têm maturidade para controlar suas próprias emoções. Você já deve ter visto essa cena, por exemplo: uma criança quer um objeto qualquer que está na mão de outra criança. O que ela faz? Simplesmente pega. Aí, quem estava com o objeto não quer entregar e começa o conflito. As emoções vêm à flor da pele e a raiva pode ser manifestada com tapas e gritos. Super comum entre irmãos.
O que fazer? A seguir algumas ferramentas da Disciplina Positiva:
Seja um exemplo. Tenha autocontrole. A Disciplina Positiva parte da crença por trás do comportamento da criança. Por que será que eles estão brigando? Essas crianças são verbais? Conseguiriam expressar com palavras seus desejos e necessidades? Aprenderam a fazer isso? Têm adultos perto delas dispostos a ajudar a compreender o que se passa com a criança? Elas podem e precisam aprender a lidar com frustrações. Nós, adultos, sabemos que na vida serão muitas frustrações, uma atrás da outra, e não vai “rolar” sair brigando com todo mundo… (Apesar de que conheço adultos que ainda fazem birra e alvoroço quando seus desejos não são atendidos).
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Demonstre compreensão e empatia. Pode ser que esse conflito tenha surgido porque eles não sabem usar suas habilidades de comunicação, ou porque estejam só querendo mesmo competir a atenção de algum adulto ou ainda porque estão tão irritados/ enciumados/ estressados/ frustrados/ cansados/ com fome (ou tantas outras coisas) – que qualquer “gota d’água” faria o copo transbordar.
Pergunte e ouça o que eles têm a dizer. Ofereça ajuda. Coloque todos no mesmo barco. Evite entrar no conflito. Se necessário, você pode mediar, mas faça isso sem julgar ou tomar partido, apenas com o objetivo de ajudar a resolver a questão.
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Pausa Positiva. Foco em solução. Sugira que eles tirem um tempo para se acalmar (talvez em lugares diferentes) e que retornem depois de um certo tempo para tentarem juntos buscar uma solução.
Confie no processo e na capacidade deles de aprenderem novas habilidades ao praticá-las. Considere não interferir e até sair de perto, se for seguro deixá-los sozinhos. Verbalize que você se importa com eles e que também confia na capacidade deles de se resolverem sem a sua interferência.
Invista em treinamento. Faça um acompanhamento eficaz. Ensine habilidades de comunicação respeitosas, estratégias para autorregulação e encoraje a cooperação às crianças.
Sucesso com os próximos conflitos e até mais!
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